O resultado parcial da perícia feita nos ônibus da caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entre os municípios de Quedas do Iguaçu e Laranjeiras do Sul, em 27 de março de 2018, mostra que os disparos foram planejados. A informação foi repassada pelo delegado Hélder Lauria, da 2a Subdivisão Policial, sediada em Laranjeiras do Sul. Ele é o responsável pelas investigações. “Se foi uma só pessoa que fez [os disparos], a pessoa planejou o ataque, direcionou o tiro”, afirmou o delegado ao G1.
Lauria disse que o atirador se posicionou e esperou a caravana passar para atirar., mas que, porém, não é possível afirmar o local exato dos disparos e o motivo. Entretanto, o jornalismo investigativo da revista Carta Capital levantou que o local de onde os tiros foram disparados pertencem ao fazendeiro Leandro Langwinski Bonotto, de Quedas do Iguaçu.
“Quem fez isso sabia o que estava fazendo. Não podemos dizer que foi algo orquestrado e o que motivou. Mas, a pessoa não estava lá atirando em passarinhos e por acaso acertou o ônibus”.
Apesar da constatação pericial, o crime continua sendo investigado como disparo com arma de fogo com dano provocado. Até agora foram ouvidas 30 testemunhas, entre moradores, policiais e seguranças. Ainda devem ser ouvidos mais seguranças, policiais, passageiros e um jornalista que estava na caravana. Por isso, o delegado pode pedir mais 30 dias para concluir as investigações.