A morte do policial civil aposentado Luiz Carlos Moreira de 58 anos, no dia 27 de novembro de 2022 em Guarapuava, tem novos desdobramentos. Depois da suspeita dos filhos de que o pai havia sido envenenado pela ex-namorada com a ajuda da filha dela, um primeiro exame toxicológico com data de 23 de novembro de 2022, constatou a presença de benzoilecginina no sangue e na urina do policial. A substância é um metabólito da cocaína.
Também ficou constatada a presença de pantoprazol e losartana, medicamentos para tratamento de gastrite e hipertensão arterial sistêmica respectivamente. No segundo exame toxicológico do dia 28 de novembro de 2022, houve constatação de midazolam e dipirona, medicamento sedativo e para dor. Agora, um laudo complementar aponta que a causa da morte do policial civil aposentado ocorreu por ‘infarto agudo do miocárdio’.
De acordo com o laudo da Polícia Científica do Paraná com data de 31 de julho de 2023, “como apresentado anteriormente a morte ter sido causada por intoxicação aguda por cocaína não é possível, já que não foram localizados seus metabólitos ou própria substância, que são requisitos para atestar esse tipo de morte”.
Além disso, o laudo ainda informa que “foi realizada uma triagem toxicológica ampla que abrange uma grande quantidade de substâncias e inclusive foi pesquisada os organofosforados em duas ocasiões distintas, em ambas o resultado foi negativo. Por tudo o que foi apresentado acima e mediante a análise minuciosa dos prontuários médicos podemos constatar que a causa mortis foi infarto agudo do miocárdio”.
DEFESA DAS INVESTIGADAS
Conforme o advogado criminalista Marinaldo Rattes – que defende as investigadas – elas sempre colaboraram com o trabalho de investigação. “Inclusive houve busca e apreensão na residência e análise do material apreendido pelo instituto de criminalística do Paraná. Dos materiais analisados não houve constatação de irregularidades ou indícios que pudessem contribuir com a causa morte do policial civil aposentado”.
Ainda de acordo com Rattes, ao contrário, no exame pericial constatou-se princípio ativo para cocaína no sangue do policial. Contudo, em laudo complementar de necrópsia juntado aos autos dia 3 de agosto de 2023, atestou que a causa morte foi infarto. “Destaca-se que o boletim de ocorrência registrado pelo policial antes de sua morte em desfavor das investigadas, deu-se após a ingestão de bebida alcoólica. E possivelmente outras substâncias psicoativas. Portando, a defesa entende que não houve elementos relacionados à morte, que possam ser atribuídos culpabilidade ou responsabilidade das investigadas”.
NOTA OFICIAL
Por fim, o Portal RSN procurou os advogados da família, que enviaram uma nota oficial.
“A família de LUIZ CARLOS MOREIRA informa que confia e acredita na justiça. Esclarece que a denúncia de envenenamento foi feita pelo próprio LUIZ CARLOS MOREIRA, que registrou o boletim de ocorrência, apontou quem seriam as autoras do suposto fato, bem como, se submeteu VOLUNTARIAMENTE aos exames após o registro da ocorrência. O inquérito policial ainda está em andamento e não possui uma conclusão sobre o ocorrido, sendo que a família de LUIZ CARLOS MOREIRA aguarda a solução do caso de forma mais célere possível, inclusive em relação aos exames para delimitação do ocorrido, que estão pendentes de conclusão e ainda não foram todos realizados”.
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