22/08/2023


Política Segurança

Lei de Cristina Silvestri, Botão do Pânico será implantado de forma inédita no Paraná

Programa de proteção às mulheres vítimas de violência será lançado nesta segunda feira (27)

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Guarapuava – O Paraná vai implantar de forma inédita o programa Botão do Pânico, baseado em projeto de lei da deputada estadual Cristina Silvestri (PPS), a ser lançado oficialmente nesta segunda feira (27) simultaneamente à campanha “Você Pode Mais”, da Secretaria de Estado da Família e Desenvolvimento Social. A solenidade, com a presença do governador Beto Richa, da deputada Cristina Silvestri e da secretária Fernanda Richa, está programada para às 11h, no Salão de Atos do Palácio Iguaçu.

 

(Foto: Ascom)

 

A lei, já sancionada, prevê que as mulheres em situação de risco de violência doméstica e familiar, com medida protetiva do Poder Judiciário, sejam equipadas com o dispositivo eletrônico que, uma vez acionado pela vítima, dispara mensagem a uma central de polícia para que o socorro venha o mais rápido possível.

 

De maneira inédita, o Paraná será o primeiro Estado brasileiro a implantar o programa em 15 municípios do interior, e não apenas na capital como acontece em outras Unidades da Federação. Neste primeiro momento, a ideia inicial é de que sejam contempladas cidades que disponham de Guardas Municipais, que serão treinadas para dar atendimento especializado a estes casos, devendo se ampliar para outras localidades no decorrer do tempo.

 

 

DISPOSITIVO ACIONA ALARME EM CENTRAL DE MONITORAMENTO

 

O projeto de lei da deputada Cristina Silvestri prevê a implantação do Botão do Pânico como medida preventiva à violência doméstica, onde são registrados os maiores índices de ocorrência, através de ações integradas entre os poderes Executivo e Judiciário na modalidade de parcerias e convênios. O Poder Judiciário é quem vai definir as vítimas que irão utilizar o Botão do Pânico, seguindo seus critérios de prioridade.

 

Citando estatísticas da violência contra a mulher, que atingem níveis alarmantes, a deputada Cristina Silvestri disse que nos Estados que adotaram o dispositivo eletrônico, como Espírito do Santo e Amazonas, houve considerável redução de agressões e até de mortes.

 

“O feminicídio é um crime recorrente no Brasil, que ocupa a quinta colocação na taxa mundial. Nosso objetivo é reduzir ao máximo essa triste estatística no Paraná, que hoje ocupa a nona posição no ranking nacional”, explicou a parlamentar.

 

A deputada cita o caráter preventivo do Botão do Pânico, que, a seu ver, ficará nas mãos das mulheres, literalmente, como instrumento para intimidar os agressores. Quando o dispositivo é acionado, um alarme é disparado numa central policial de monitoramento, que imediatamente desloca uma viatura para atender a ocorrência. Além da localização, o policial também poderá receber, pelo telefone, fotos da vítima e do agressor, informações que irão auxiliar na operação. “O agressor sabe que está sendo monitorado e a mulher, que pode contar com este equipamento. Somado aos programas sociais de governo e à legislação, como a Lei Maria da Penha, ampliamos o leque de opções ao alcance das vítimas” – ressalta Cristina Silvestri.

 

A parlamentar lembrou que a maior parte das agressões e mortes acontece dentro das residências, praticada por atuais ou ex-companheiros, e que um número considerável das vítimas não denuncia com medo de novas agressões. Ela acredita que o Botão do Pânico irá contribuir para reverter essa situação, junto com medidas de acompanhamento social das vítimas e agressores, para que se instale uma nova consciência entre estas famílias.

Antunes

Jornalista

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