22/08/2023


Paraná Saúde

Lei seca e toque de recolher ajudam a liberar leitos no Paraná

Entretanto, mesmo com a liberação de leitos, o secretário de saúde teme que as festas de fim de ano tragam uma explosão de casos de covid-19

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Lei seca e toque de recolher ajudam a liberar leitos no Paraná (Foto: Reprodução/Pixabay)

As medidas de prevenção à covid-19 estão apresentando resultado. Conforme a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) o toque de recolher e a lei seca trouxeram bons resultados já nos primeiros dias de vigência. Isso porque, os dois pontos ajudaram a diminuir a demanda por leitos hospitalares, que estão novamente aptos a receber pacientes com covid-19.

Em Guarapuava, cinco leitos foram liberados no Hospital Regional Bernardo Ribas Carli, que agora conta com 25 no total. O toque de recolher que restringe a circulação de pessoas entre às 23h e 5h está vigente em Guarapuava. Já a lei seca proíbe a venda e consumo de bebida alcoólica em espaços públicos no mesmo horário do toque de recolher.

Conforme o Governo do Estado, os dois fatores contribuíram para que diminuísse o número de acidentes de trânsito e também de violência interpessoal, como brigas na rua e violência doméstica. Desse modo, os acionamentos por traumas tiveram um queda de 20,4% apenas no último fim de semana no Paraná.

Para Beto Preto, isso representa também a queda na demanda por leitos hospitalares. “Também houve melhora no índice de isolamento social, que chegou a 56%”.

QUEDA DE OCORRÊNCIAS E COVID-19

A queda em ocorrências de emergência ajuda por tabela no tratamento da covid-19. Os leitos que receberiam pessoas acidentadas podem ser destinados às pessoas infectadas, cujo número aumentou em larga escala nas últimas semanas em todo o Paraná. Conforme a Secretaria de Saúde, o aumento de casos demanda mais leitos de UTI. Preto aponta que o cenário é preocupante.

Mesmo que a Sesa tenha feito uma ampliação robusta, em algum momento isto se esgota. É preciso seguir as medidas para evitar o contágio.

Em Guarapuava, nessa quinta (10) a Secretaria de Saúde registrou 78 novos casos confirmados da doença no município. Destes, 872 estão ativos, ou seja, tem mais probabilidade de contaminar outras pessoas. No total, Guarapuava tem 3.651 casos confirmados e 43 mortes.

(Imagem: Ascom/Secretaria Municipal de Saúde)

ABERTURA E REABERTURA DE LEITOS

No Paraná foram abertos quase 1.200 leitos de UTI neste ano. Entretanto, muitos foram desativados à medida que os casos confirmados de covid-19 caíram e as internações também, entre agosto e outubro. No entanto, com a explosão de casos confirmados nas últimas semanas, os leitos foram reativados. Além disso, foram reabertos três hospitais no interior, em Guarapuava, Telêmaco Borba e Ivaiporã.

Conforme Beto Preto a maior dificuldade os leitos não é a infraestrutura física, mas a fata de profissionais de saúde. “São eles que tratam do doente e operam o equipamento de uma UTI. No momento, há falta deles. E os que trabalham na linha de frente contra a covid-19 estão no limite. Por enquanto, não se fala em risco de colapso total, mas as autoridades fazem constantes apelos para que a população colabore”.

Por fim, o secretário da Saúde do Paraná gravou ontem, uma mensagem à população paranaense. Ele pede que a população ‘esqueça’ as festas de fim de ano e foque em ajudar na tentativa de conter o avanço da pandemia.

Mesmo com a ativação e reativação temos enfermarias e leitos de UTI no limite crítico, batendo na casa de 92, 95% [de ocupação], e muitas pessoas aguardando atendimento ainda nas unidades de pronto atendimento. Portanto, é preciso consciência.

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Antunes

Jornalista

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