Nesta quinta feira (15) é o Dia Internacional da Luta Contra o Câncer na Infância. De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), a doença é a segunda causa de morte entre crianças e adolescentes até os 19 anos de idade.
A leucemia é o tipo mais comum nessa faixa etária e corresponde a 26% de todos os tumores malignos diagnosticados. Conforme a hematologista do Instituto de Hematologia e Oncologia Curitiba/Grupo Oncoclínicas, Juliana Souza Lima, a taxa de sobrevida destas crianças gira em torno de 60 a 80%. Ela destacou ainda que, na grande maioria dos casos, após o tratamento não há reincidência da doença.
Segundo dados do Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME), cerca de 4.700 crianças e adolescentes estão na lista de espera por um transplante. Para ser doador de medula óssea, é necessário ter entre 18 e 55 anos e procurar um Hemocentro, onde será feita uma coleta de sangue para a realização dos testes de compatibilidade genética e um cadastro válido em todo o território nacional.
O tratamento do câncer é ofertado gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde.
TRATAMENTO EM GUARAPUAVA
Em Guarapuava não existe atendimento oncológico pediátrico. Os pacientes acometidos pela doença são encaminhados para hospitais pediátricos de Curitiba. Conforme o chefe do serviço de oncologia do Hospital São Vicente de Paulo, Leonardo Dequech Gavarrete, a cidade não possui um número considerável de atendimentos desta natureza que justifiquem a implantação do serviço.
O médico explicou que é preciso uma estrutura específica. “Precisaríamos de cirurgiões onco pediátricos, pronto atendimento especializado, em decorrência de intercorrências clínicas, e a implantação destes serviços se torna inviável por conta da demanda”, finalizou.