O Instituto Médico Legal (IML) de Guarapuava liberou o corpo do terceiro morto no tiroteio que aconteceu no estacionamento da rodoviária municipal no dia 5 deste mês. Joceli Prado da Silva, que não teve a idade revelada, já havia sido identificado há mais tempo, porém, houve problemas burocráticos para sua liberação. O corpo de Joceli foi encaminhado para Quedas do Iguaçu, onde foi sepultado. O parceiro de Joceli no crime, Leonardo Felipe Rieger, era natural deste município, porém, morava em Foz do Iguaçu. Informações extraoficiais indicam que eles eram pai e filho. A Secretaria de Segurança Pública do Paraná (SESP) não confirma esta informação.
Joceli, que tinha uma longa ficha de crimes, era natural de Coronel Vivida. Ele estava foragido, desde 2017, do Complexo Penitenciário do Vale do Itajaí, em Santa Catarina. Em 1999, de acordo com informações da Agência Folha, Joceli, junto de três presos, teria participado de um motim na Cadeia Pública de Foz do Iguaçu.
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Em julho de 2012, o Pelotão do Choque e o Serviço Reservado da Polícia Militar, de Cascavel, prendeu Joceli e uma mulher que vivia com ele. Eles estavam com gramas de crack e de maconha, além de uma pistola 380 municiada com 18 cartuchos intactos.
Em 26 de junho de 2014, Joceli foi preso, mais uma vez, junto de cinco pessoas. Eles estavam com 330 quilos de maconha, em Penha, Santa Catarina. Na época, segundo informações do Diarinho, ele foi apontado pela Polícia Militar como chefe de uma quadrilha de tráfico.
NOME FALSO
Informações extraoficiais indicam que a demora para liberação do corpo de Joseli se deu por ele ter muitas identidades falsas. Uma delas apresenta Joceli como Alisson Queiroz Pereira.
BOPE
Além de Joceli e Leonardo, o policial Adriano Andrigo Pires, 28 anos, morreu no confronto. Ele estava em Guarapuava junto com uma equipe descaracterizada do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) investigando um carregamento de drogas.
De acordo com informações do 16º Batalhão da Polícia Militar de Guarapuava, o alvo dos policiais do Bope era uma mulher, que não teve a idade revelada. Eles deveriam encontra-la no estacionamento da rodoviária. No entanto, Adriano e o policial que o acompanhava foram surpreendidos por três homens, que chegaram no local em um Azera preto. Informações extraoficiais indicam que dos três traficantes, dois teriam entrado na viatura descaracterizada de Adriano. Neste momento é que o confronto teria se iniciado. A polícia ainda não confirma esta versão.
O terceiro traficante fugiu pouco após o início do tiroteio.