A agilidade no processo de construção do Centro de Socioeducação em Guarapuava reuniu lideranças no gabinete do secretário de Justiça, Família e Trabalho, Ney Leprevost nesta segunda (1), em Curitiba. Com o terreno já definido na Vila Colibri, os esforços agora são no sentido de o Estado receber a doação oficial com a devida escritura e, na sequência, começar o projeto executivo.
A previsão é que a estrutura de Guarapuava, com a capacidade para 90 vagas, tenha um investimento de aproximadamente R$ 20 milhões. Os deputados estaduais Artagão Júnior (PSB) e Cristina Silvestri (Cidadania), o secretário de Habitação e Urbanismo de Guarapuava, Flávio Alexandre e a juíza da Vara da Infância e Juventude da Comarca de Guarapuava, Rafaela Zarpelon estiveram na audiência.
De acordo com Artagão Júnior, ex-secretário de Justiça, essa é principal etapa a ser cumprida. “Depois concentramos o trabalho no sentido de assegurar os recursos e iniciar de fato a obra”.
A deputada Cristina Silvestri lembrou que a demanda de Guarapuava é antiga. “Nós já chegamos a ser contemplados anos atrás, através de articulação do então deputado federal Cezar Silvestri, mas a unidade que nos seria destinada acabou sendo enviada para Laranjeiras do Sul”.
Segundo a parlamentar, a nossa necessidade continua existindo, principalmente, pela posição geográfica de Guarapuava, que acaba atendendo muitos municípios do entorno.
A comitiva não poupou Leprevost de argumentos que comprovam a necessidade do Centro. Segundo Artagão Júnior, os recursos para a obra estavam assegurados via Fundo para Infância e Adolescência (FIA).
“Tínhamos, através de entendimento com a Secretaria da Fazenda, R$ 85 milhões para serem gastos com obras da socioeducação, e Guarapuava estava incluída. A importância do Cense no município é consenso, incluindo o Judiciário e o Ministério Público”, reforçou.
A juíza Rafaela Zarpelon confirmou a importância da obra no município. “Sabemos que o Cense oferece um tratamento adequado aos jovens em conflito com a lei. Também reconhecemos a importância de a família estar perto do menor que estiver cumprindo medida socioeducativa”.
Segundo Cristina Silvestri, a instalação do Cense começou a ganhar mais corpo em 2017, quando houve a garantia de que Guarapuava havia sido incluída na lista de municípios que receberiam unidades do Cense. “Só que o projeto acabou demorando mais do que o esperávamos por conta de trâmites burocráticos”.
Segundo Cristina, o Estado, por exemplo, demorou muito tempo para aceitar um terreno para a construção e a expectativa é que a doação seja finalizada até a próxima semana, para que seja dado prosseguimento ao processo.
Flávio Alexandre disse que foram mais de três propostas de áreas apresentadas ao Estado até chegar ao terreno ideal.“Quando isso ocorreu, o projeto parou novamente por conta do período eleitoral, época em que o Governo não poderia receber a doação do terreno escolhido”.
O secretário Ney Leprevost garantiu que, uma vez vencida a etapa da escritura do terreno, vai priorizar a viabilização dos recursos para a obra. “Temos consciência da necessidade do centro em Guarapuava e vamos achar uma forma para conseguirmos os recursos necessários”.