O desejo de fundar uma terceira loja maçônica em Guarapuava se transformou em realidade. Hoje, a ‘Saint Germain’ está completando 25 anos. Um jantar comemorativo reúne maçons, a partir das 20 horas, no Vitri, com recepção pelo Venerável Marcel Túlio Cordova.
Mas tudo começou quando Giuseppe Martineli viajava uma vez por mês a Curitiba. Ele era conselheiro na Liga Brasileira de Rádio Amadores (Labre). “Eu pegava carona com outros dois conselheiros que vinham de Cascavel.
Acontece que os dois, Nelson Pedro da Silva e Rudi Guido Erberich, eram também Irmãos filiados ao Grande Oriente do Paraná (GOP). Na viagem, por mais que os assuntos fossem de interesse rádio-amadorístico, a insistência de fundar uma Loja do GOP em Guarapuava vinha à tona.
De acordo com Martineli, a cidade possuía as Lojas Philantropia Guarapuavana (Grande Orinte do Brasil-Paraná)e Acácia do Terceiro Planalto (Grandes Lojas) que, embora não pertencessem à potência ‘Grande Oriente do Paraná’, recebiam os maçons vindos de fora.
Iniciado na Maçonaria em 8 de agosto de 1966, Martineli, no entanto disse que, por questões particulares, estava adormecido, embora não desligado do ideal Maçônico. Mas com a insistência das conversas nas idas e vindas a Curitiba, a chama voltou a acender. Começou então a buscar ‘irmãos’ para fundar a nova Loja.
O primeiro com quem falei sobre o assunto, enquanto fazíamos a costumeira caminhada em volta da Lagoa, foi com o irmão Mario Rotunno. Ele contou o Irmão Cabeço também tinha a intenção de uma terceira Loja em Guarapuava. Daí em diante era questão de tempo.
Conforme Martineli, os primeiros a serem convidados foram Hirinoi Muraoka, Valter Faggion e Aureliano Aredes. “Em seguida veio se juntar o irmão Fernando Veja Gracia.”
“Na época o comandante do 16º Batalhão da Policia Militar, não lembro se o primeiro foi Maximo Fim ou o Luiz Carlos Barth, iniciado e filiado ao GOP, nos incentivou.”
Às vezes as reuniões eram feitas no salão de festa do próprio Batalhão da Polícia Militar. O ano 1998 praticamente foi um ano de reuniões brindando ao porvir da nova Loja.
A ideia ia se consolidando e numa reunião foi dito que era necessário escolher o Venerável Provisório para dirigir as reuniões. “Mesmo com o meu protesto, por unanimidade, o meu nome foi escolhido para tal fim”. Assim sendo, a primeira diretoria provisória da Loja Saint Germain ficou assim composta: Venerável Mestre (Giuseppe Martinelli), 1º Vigilante (Mario Primaldo Rotunno), 2º Vigilante (José Nilton Cabeço), Orador (Aureliano José Aredes), Secretário (Fernando Vega Gracia) e
Tesoureiro (João Zanini).
SAIN GERMAIN
O nome da Loja homenageia um místico Saint Germain, conhecido como o ‘Homem Prodigioso da Europa’. Conta a história que ele domesticava abelhas e fazia as cobras ouvirem música. Aparecia em lugares diversos e adotava diferentes nomes. Sempre com o objetivo de ajudar líderes ou dirigentes, incentivando-os a praticarem a justiça e a liberdade.
Entre as obras imateriais dele, institui sociedades secretas, ocupou posições proeminente entre os Templários, Rosa-Cruzes e Maçons. A trajetória dele é rica em detalhes e mistérios.
Mito? Lenda? Charlatanice? Invencionismo? Cabe a cada um de nós procurar saber, buscar, ler, analisar e acreditar ou não, mas certamente o tempo se encarregará de nos dar a resposta.
De acordo com Martineli, Saint Germain, tem a tarefa de instruir a humanidade, com o ‘Raio Violeta’, a chama transmutadora, aquela que transmuta, mas não queima.
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