A reconstrução do país e o resgate de milhões da pobreza e da fome. Este foi compromisso assumido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na tarde deste domingo , em Brasília. Sem se importar com o clima de tensão e de ameaças que pairam sobre a capital federal, Lula fez um trajeto em carro aberto. Acompanhado pela esposa Janja e pelo casal Alckmin, Lula acenou para o povo o tempo todo.
No Congresso, o presidente e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) foram declarados empossados pelo presidente do Congresso Nacional, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG). No início da sessão, os dois também prestaram seu compromisso à Constituição.
“Prometo manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade, e a independência do Brasil”. O público composto por lideranças políticas não se conteve. coro “olê olê olê olá! Lula! Lula!” tomou conta do recinto.
QUEBRANDO O PROTOCOLO
Ao assinar o termo de posse, o presidente quebrou o protocolo valorizando um presente que ganhou num comício em 1989. Foi no Piauí. Após resgatar essa memória afetiva, Lula assinou o termo de posse. Em seguida, durante 30 minutos, ele discursou. Num pronunciamento amplo, abordou política, comunicação, economia, entre outros temas. “Sobre estas terríveis ruínas que assumo o compromisso de, junto com o povo brasileiro, reconstruir o País e fazer novamente um Brasil de todos e para todos”. Ele disse também que o Brasil vai receber o relatório da equipe de transição. “Vamos mostrar a situação precária que recebemos o país”.
Ele também criticou a política de Bolsonaro. “Nunca antes na história deste país se viu o uso de recursos públicos com objetivos eleitorais, a construção de ‘um discurso de ódio’, a construção de um projeto autoritário, o desmonte de políticas públicas e o constrangimento de eleitores”.
O presidente elogiou ainda a Justiça Eleitoral e o sistema eletrônico de votações. E reafirmou o compromisso que fez no primeiro discurso de posse, em 2003, de combater a fome. Também anunciou investimentos em tecnologia e inovação, em educação e na reconstrução do país.
MEDIDAS
Disse que ainda neste domingo ele vai assinar medidas. “Vamos reorganizar as estruturas do poder Executivo, de modo que voltem a permitir o funcionamento do governo de maneira racional, republicana e democrática”. Uma delas é a prorrogação de 60 dias da desoneração dos combustíveis.
Em seguida após 17 minutos de pronunciamento do presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco demonstrou confiança no novo governo e pediu a unificação do país.
Enquanto isso, no lado de fora poucos bolsonaristas participaram de uma missa e choraram muito.
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