As Lojas Maçônicas Philantropia Guarapuavana, Universitária e Cavaleiros da Acácia promovem a Sessão Farroupilha, neste sábado (16), às 9h30. O local será a Associação Cruzeiro, no Jordão. Em seguida, haverá almoço típico, com ‘costela de dois fogos’.
As invernadas culturais do CTG Fogo de Chão e da 3a. RT do MTG-PR, vão mostrar danças tradicionais e folclóricas. De acordo Daniela Zorzetti, a ligação da Maçonaria com a Revolução Farroupilha é histórica. Bento Gonçalves, Venerável da Loja Philantropia e Liberdade, em Porto Alegre, foi um dos mentores da Revolução Farroupilha, ou Guerra dos Farrapos. Trata-se de um grande movimento que sacudiu o Sul do País durante o período em que o Brasil era governado por regentes (1830/1845), até que o herdeiro do trono, Dom Pedro 2º, completasse a maioridade.
De acordo com Daniela Zorzetti, havia um grande descontentamento com o governo imperial. As principais queixas eram a insatisfação com a taxação sobre o gado na fronteira com o Uruguai, a criação da guarda nacional. Além da insatisfação com o governo em assumir os prejuízos causados por uma praga de carrapatos que atacou o gado no ano anterior.
Contribuiu também para esse descontentamento a centralização do governo e a falta de autonomia da província, assim como a circulação de ideais federalistas e e republicanos na província. “A soma de tudo isso, foi o motivo inicial da revolução”.
IDEIA SURGIU NA MAÇONARIA
Conforme Daniela, a ideia da Revolução surgiu numa reunião na Loja Philantropia e Liberdade. Em 1835, o combatente Bento Gonçalves comandou a tomada da capital da província, Porto Alegre. Começava então uma série de combates entre os gaúchos e as forças imperiais.
Entretanto, o sentimento de fraternidade e as virtudes defendidas pela maçonaria estavam muito presentes, mesmo entre irmãos (maçons) que faziam parte de lados opostos.
Na batalha que ocorreu em São José do Norte, por exemplo, considerado o combate mais sangrento da revolução, esse sentimento falou mais alto. “O gesto misericordioso e humanitário do coronel Antônio Soares Paiva, comandante das tropas legalistas. recebeu uma mensagem de Bento Gonçalves”. O comandante das tropas farroupilhas dizia que se achava sem médico e remédios para os feridos. O coronel Paiva, então, lhe mandou um médico e metade dos medicamentos de que dispunha. Em agradecimento, Bento libertou todos os prisioneiros legalistas.
A Revolução Farroupilha foi longa (1835-1845) e contou com ampla mobilização devido à origem elitista.
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