A desinformação sobre os direitos dos autistas causou constrangimento a uma mãe e seu filho especial nesta semana. Rita Armstrong, mãe de Henrique fez um desabafo em uma rede social contando sobre como os dois foram hostilizados ao tentar utilizar a fila preferencial em uma Lotérica em Guarapuava.
De acordo com o relato de Rita, depois de mais de 40 dias de confinamento com o filho autista, ele se demonstrou alegre e animado, em acompanhar a mãe até uma Lotérica.”Quem tem um autista em casa sabe da alegria que é quando nossos filhos querem sair de casa. Afinal são muitos anos de terapia para isso acontecer”.
Assim, seguiram até o local, onde, de acordo com ela foram ofendidos por um cliente, a atendente e a gerente do estabelecimento. “Ocorre que na Lotérica fomos esculachados por um cliente e o que é pior, com a ajuda da atendente e sua gerente. O cliente veio com xingamentos ao meu filho insinuando que ele estava cortando fila (como dizia meu pai quem usa, mal acusa) fui logo mostrando a carteirinha de prioridade que o autista tem assegurado por lei, ainda mais neste momento de Covid-19 sendo ele do grupo de risco”.
O relato segue afirmando que “a atendente que, sabendo da lei, deveria nos defender já que se manifestou desnecessariamente. Passou a nos agredir também e defender o agressor”.
Rita descreveu ainda que a gerente gritou com os dois afirmando que ela “também era mãe de autista e daí?”. Ainda de acordo com a mulher, as agressões cessaram apenas quando Rita passou a filmar a ação dos agressores. “Quando passei a filmar calaram-se e a atendente, sarcasticamente, passou a exageradamente me tratar bem, com deboche, para nos humilhar mesmo. O cliente agressor continuou balbuciando que era brincadeira essa Lei”.
PRIORIDADE
Prioridade no atendimento ao autista em Guarapuava agora é lei. Supermercados, bancos, farmácias, bares, restaurantes e lojas em geral devem obrigatoriamente apresentar nas placas de atendimento prioritário a fita de quebra-cabeça, símbolo universal do autismo.
A lei municipal nº 2947/2019 obriga os órgãos públicos e estabelecimentos privados a não deixarem pessoas com Transtorno Espectro do Autismo (TEA) em filas.
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