Guarapuava – Muito abalada, Santa Marli Costa, mãe do atleta Robson da Costa, morto em acidente durante partida da Copa Guarapuava 200 anos, na noite de sábado (6), disse que quer responsabilizar quem liberou a quadra para o jogo entre o IEF (onde Robson jogava) e o Palmeiras/Jundiaí.
"Acabei de enterrar meu filho. Como mãe, eu quero responsabilizar quem liberou a quadra para que o jogo fosse feito lá. Pode ser que não, mas acho difícil que ela estivesse em condições de jogo. Não é possível que o peso do tênis possa fazer uma tábua se soltar".
A Secretaria Municipal de Esportes assumiu que não houve vistoria antes do jogo. De acordo com a Federação Paranaense de Futsal, os laudos exigidos estavam sendo cumpridos.
O atleta se acidentou logo no início da partida quando deu um "carrinho" num dos jogadores da equipe adversária. Uma lasca do piso da quadra se soltou e atingiu o atleta perfurando artérias e o intestino. O jogador chegou a ser operado e os médicos, durante quatro horas, num dos procedimentos, tentaram reconstituir o intestino do jovem, mas não conseguiram conter uma hemorragia e o atleta morreu.
Dona Santa disse que não estava presente no ginásio na hora do acidente. Ela chegou em Guarapuava somente três horas depois. Ela agradeceu o apoio dos amigos e da população e confessou que ainda não foi atrás de questões legais com a intenção de punir possíveis responsáveis.
A delegada Maria Nysa Moreira Nanni, responsável pelas investigações, disse, porém, que será muito difícil responsabilizar alguém criminalmente pela morte.
A Secretaria Municipal de Esportes e Recreação de Guarapuava se "fechou em copas". Ninguém dá qualquer informações sobre o fato e remetem à Procuradoria Municipal onde ninguém atende o telefone.
Com informações de Mauricio Duarte, do R7.