Considerado o maior iceberg do mundo, o A-76, se desprendeu da plataforma de Ronne, na Antártida. De acordo com a Agência Espacial Europeia são 4.320 quilômetros quadrados de gelo a flutuar no Mar de Weddell, perto da Antártida.
Ainda conforme as informações, o iceberg, com 175 quilômetros de comprimento e 25 de largura, está sendo monitorado via satélite pela Agência. Assim, as imagens capturadas pelo Copernicus Sentinel-1 mostram a plataforma gigante. Além disso, de acordo o diário britânico The Guardian, os cientistas da US National Snow & Ice Data Center as alterações climáticas podem ter acentuado a desintegração da Antártida. O centro das atenções é a plataforma de gelo Ronne, que se liga ao continente do Polo Sul.
OUTRA OPINIÃO
Entretanto, a opinião contrária é a de Ted Scambos, investigador de glaciares na Universidade do Colorado, em Boulder. Citado pela Reuters, Scambos explica que Ronne e outra enorme plataforma de gelo, o Ross, “têm se comportado de maneira estável e quase cíclica” durante o século passado ou mais. Acrescenta que o A-76, provavelmente, acabará por se dividir em dois ou três pedaços, brevemente, e que o fenômeno não está associado às alterações climáticas.
Além disso, o especialista lembra que, como o gelo já flutuava no mar antes de se deslocar da costa, o rompimento não aumenta o nível do oceano. No fim de 2020, outro grande iceberg, o A-23A, com 3.380 quilômetros quadrados, desprendeu-se de Ronne e também flutuou no Mar de Weddell. Acabou por se partir em blocos, evitando o impacto contra uma ilha habitada por pinguins, na América do Sul.
O A-76 foi visto pela primeira vez pelos serviços Britânicos de Vigilância da Antártica e confirmado pelo US National Ice Center, com sede em Maryland.
(*Com informações da Agência Brasil)
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