Mais um assassinato brutal contra a mulher

A violência contra a mulher já é um caso de saúde pública. Em Guarapuava nos deparamos com mais um crime brutal em que o companheiro não aceitou o rompimento do caso e a vítima pagou com a vida. Mas não é apenas esse caso de brutalidade animalesca que "engrossa" os noticiários do município. Diariamente, estamos nos deparando com boletins de ocorrências que estampam a frequência com que mulheres são violentadas por companheiros. O cotidiano é feito por casos anônimos de violência como o assédio sexual, o assédio moral, que não passam de denuncias feitas por e-mail à Rede Sul de Notícia e os quais são repassados ao Ministério Público e à Secretaria Municipal de Politicas Públicas para Mulheres. Não foi em vão a campanha de conscientização que está sendo desenvolvida pela Secretaria para que as mulheres assedidadas saiam do ostracismo e denunciem. Muitas já estão tendo a coragem de salvar as "cantadas" feitas por celular e encaminham, não só  à RSN, como também à assessoria juridica da Secretaria.

Mas enquanto isso,  mulheres estão sendo assassinadas, espancadas, e Guarapuava ainda não possui, sequer, uma titular na Delegacia da Mulher. De que adianta criar um órgão que não tem condições de funcionar como deveria? Só para dizer que existe uma delegacia especializada?  Falta equipe, falta estrutura, falta atendimento humanizado, falta abrigo, falta comprometimento. Está aí um dos maiores desafios para a secretária Eva Schran, para o Conselho Municipal da Mulher, para a Rede de Proteção que ainda não saiu da denominação. Está na hora dessas entidades, desses orgaos mostrarem porque foram criados. É preciso correr e rápido, pois enquanto não houve ação, mais mulheres continuarão pagando essa morosidade com a vida.