Um dos mais importantes acervos de elementos históricos que compõem o Rio Iguaçu está prestes a ser tornar apenas um marco no tempo. A ideia de criar o Museu Regional do Iguaçu, nasceu 1987, como uma das medidas de compensação pela instalação da antiga Usina Hidrelétrica de Segredo, em Reserva do Iguaçu. Hoje a usina está sendo conhecida como Hidrelétrica Governador Ney Aminthas de Barros Braga.
Inaugurado em 21 de dezembro de 2000, portanto, há 21 anos, após ser construído pela Companhia Paranaense de Energia (Copel), o Museu já foi uma das maiores atrações turísticas do município. Entretanto, o desgaste pelo passar dos anos e a falta de manutenção, o colocam em risco.
Fechado para visitação por causa da pandemia, porém, o Museu precisa de recuperação na estrutura física e com urgência. De acordo com o prefeito Vitorio Antunes de Paula, já existem conversas com a diretoria da Copel. “Talvez no futuro possamos fazer uma parceria”.
Conforme a Assessoria de Imprensa da Copel, a situação do Museu está sendo avaliada em conjunto com os planos de aproveitamento de outras instalações de vilas residenciais mantidas pela Copel. “Esses estudos ainda estão em andamento e, por enquanto, não há definição a respeito”.
Entretanto, a Copel reconhece que a estrutura do Museu precisa de uma reforma. “Já existe um projeto de revitalização. A execução desse projeto depende, agora, da definição do plano de destinação”. Todavia, segundo a Copel, reuniões já ocorreram para tratar desse assunto. Informações repassadas ao Portal RSN, cinco instituições superiores, a maioria de Guarapuava, estão interessadas na recuperação do Museu.
O ACERVO
Localizado às margens do maior Rio do Paraná, no Centro-Sul do Estado, o Museu Regional do Iguaçu possui um trabalho de guarda e conservação de elementos que ajudam a contar a história da Região. Quem conheceu o Museu há alguns anos sabe que as visitas são monitoradas por educadores ambientais. A partir de uma abordagem contextualizada das peças expostas era possível conhecer aspectos da história humana e ambiental que fazem parte do Rio Iguaçu.
Assim, o roteiro proposto começa com uma explicação sobre a origem dos museus, até a história do próprio Museu Regional do Iguaçu. Todavia, na exposição permanente sobre o Rio e a natureza é possível mergulhar em grande parte da bacia do Iguaçu. A apresentação com luzes e sons sobre uma maquete topográfica faz percurso do Rio, de aproximadamente 1.060 km de extensão, de maneira clara e explicativa.
AULA DE GEOGRAFIA
Numa verdadeira aula de geografia, é possível conhecer a nascente, no morro Redondo, na Floresta Atlântica da Serra do Mar. Entretanto, a partir do encontro dos Rios Iraí e Atuba passa a se chamar Iguaçu.
De acordo com a ‘aula’, o curso do Rio Iguaçu, sinuoso no primeiro planalto e na entrada no segundo planalto, apresenta fortes corredeiras, saltos e cachoeiras. Tudo isso segue até o terceiro planalto, na Região da Serra da Esperança em Guarapuava. Por fim, segue rumo a foz, onde se encontram as mundialmente famosas Cataratas do Iguaçu, próximas da fronteira do Brasil com o Paraguai e a Argentina.
No curso do Rio, destacam-se ainda a contribuição à geração de energia elétrica, a formação das cidades em vales. Além das construções de rodovias e ferrovias. Além disso, o diorama reconstitui alguns dos principais ecossistemas do Rio Iguaçu. O que privilegia elementos da fauna e da flora típicas de cada Região.
EXPOSIÇÕES
Além das exposições permanentes, o Museu reserva um espaço para as exposições temporárias. Assim, o acervo permanecia à disposição de professores, pesquisadores e a comunidade local.
O Museu mantém ainda o acervo resgatado nas áreas de influência de outros empreendimentos hidrelétricos da Copel no Rio Iguaçu. Dessa forma, abriga um dos mais expressivos acervos regionais do Paraná. São exemplares da fauna e da flora características de cada região banhada pelo Rio Iguaçu. Além da história das populações ribeirinhas e do aproveitamento do Rio para fins de geração de energia.
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