22/08/2023
Educação

Manutenção de fossa é de responsabilidade da prefeitura

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Guarapuava – Por falta de prédios públicos o município cede ou utiliza instalações físicas em parceria com o governo do Estado. O Colégio Moacyr Silvestri, que foi criado em 2000, funciona junto com a Escola Municipal Hildegard Burjan e a estrutura física pertence à Mitra Diocesana. “Quem paga o aluguel é o Estado. A Prefeitura se responsabiliza pela manutenção e por pequenos reparos. O Estado também paga a água e a luz e há verbas também para reparos”, informou Geferson Gollin Patrício, secretário do Colégio Moacir Silvestri.

No local estudam em média 700 alunos, divididos nos períodos da manhã e da tarde. As duas escolas repartem as 10 salas de aulas e a estrutura administrativa. No lado esquerdo fica o gabinete da diretora da escola Hildegard Burjan, Maria Clarice Seixas, e do outro lado o do diretor Henrique Ortiz da Silva, que responde pelo Colégio Moacyr Silvestri. Na quarta-feira ele se encontrava em Curitiba participando de um curso.

A diretora da “Hildegard Burjan” se esquivou da TRIBUNA e disse que qualquer informação seria repassada pela Assessoria de Comunicação da Prefeitura. “Quando aconteceu (o acidente) já informamos a assessoria”, limitou-se a dizer enquanto entrava, fechando-se no gabinete.

Uma das dúvidas era sobre as duas salas de aulas que funcionam fora da escola, mas a diretora, de maneira brusca, também não quis responder. “São duas salas que funcionam numa casa alugada e que nós também utilizamos para aulas de reforço escolar”, informou o secretário do Colégio Moacyr Silvestri. “Vocês viram lá como funciona”, afirmou, referindo-se à precariedade do espaço.

“Aqui também tudo é improvisado”, afirmou, apontando para as divisórias que separam uma espécie de secretaria do gabinete do diretor.

Em outro prédio, o desleixo é ainda maior
A aparência é de uma casa comum, sem portas na parte da frente, onde há apenas duas janelinhas basculantes. A obra foi construída já no limite da rua Bernardino Roseira Lacerda. A parede da casa emenda com parte da garagem e demais estruturas da casa vizinha.

Pois é nesse lugar que crianças da Escola Municipal Hildegard Burjan e adolescentes do Colégio Estadual Moacir Silvestri têm aulas de reforço escolar, diariamente. As condições internas da casa são precárias, insalubres, sem as mínimas condições de uso. O banheiro, por exemplo, fica dentro de uma das “salas de aula”. Matar a sede? Só se for com água retirada da torneira da pia do banheiro”, segundo comentou uma mãe. “Quando chove, há goteiras nas salas. As janelas são podres e os vidros estão quebrados”, intervém outra mãe.

Apesar de a “escola” estar fechada na manhã de quarta-feira, (24) através da janela foi possível comprovar as condições das salas de aula. O quadro-negro, por exemplo, é pequeno e de madeira. “A iluminação é horrível”, completa uma das mães. “As crianças são levadas pra lá e pra cá, pois não têm espaço para o lanche. Isso é perigoso, porque têm que andar pelas ruas”, comenta uma das mães.

Foto: alunos sofrem com a condição das salas de aula no Colégio Moacyr Silvestri (Nagel Coelho/Rede Sul)

Cristina Esteche

Jornalista

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