22/08/2023


Paraná Política

Manutenção de rodovias após fim de contratos preocupa Frente da Alep

Frente também está preocupada com as obras já pagas e não executadas. Por isso pediu estudos ao Instituto da UFPR

alep pedágio

Frente Parlamentar do Pedágio se reúne com o ITTI (Foto: Cleverson Lima)

Faltando apenas 40 dias para o fim do contrato do pedágio no Paraná, ainda há obras sem licitação. Entretanto, muitas já estão pagas. De acordo com a Frente Parlamentar sobre o Pedágio da Assembleia Legislativa, essa é a grande preocupação no momento. Mas para fazer estudos sobre as obras ainda pendentes, ocorreu reunião técnica com o Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura (ITTI), da UFPR.

Conforme o primeiro secretário da Assembleia, Luiz Claudio Romanelli (PSB), a Frente já conseguiu avanços sobre o modelo proposto inicialmente. No entanto, segundo o parlamentar, é preciso manter o olhar atento para que o povo paranaense e o setor produtivo não saiam prejudicados como ocorreu com as atuais concessões.

“Essa parceria com o ITTI foi para que a Frente pudesse ter um órgão de assessoramento técnico. Muitos achados nos preocupam, e se mantidos, teremos a repetição dos erros do contrato que se encerra agora”.

Entre os pontos que preocupam, o deputado alertou para as obras já pagas pelo usuário e que constam novamente no novo modelo. Há também a falta do preço das obras no projeto executivo. Além do percentual do degrau tarifário após a duplicação de rodovias que só teria sido apresentado nas audiências. Mas que não constam no edital e em nenhum outro documento oficial.

Esse percentual já é um absurdo e pode até ser maior se não estiver no papel. Temos que passar todos esses pontos a limpo.

O coordenador da Frente, deputado Arilson Chiorato (PT), reforçou a preocupação do grupo. Ele cita a manutenção e atendimento aos usuários das rodovias a partir do dia 28 de novembro.

“Estamos preocupados com esse período de vacância, para que se continue sendo ofertado o serviço de manutenção das rodovias, a segurança aos usuários, com guincho e ambulâncias. Nas licitações que estão expostas pelo DER e DNIT só existe o serviço de manutenção da pista. Estamos preocupados com os outros serviços. Vai chegar o final do ano, as pessoas vão viajar, tem o escoamento da safra também”.

O deputado frisou que a parceria com o ITTI vai servir para que seja mensurado o prejuízo que a sociedade paranaense teve com os atuais contratos, em razão de muitas obras não executadas.

“Temos toda uma confiança técnica no ITTI. Um grupo de bastante prestígio na área de engenharia. Todo o prejuízo será mensurado. Assim teremos todo o passivo deixado nos últimos 24 anos e como a Frente vai encaminhar isso num diálogo com a ANTT e o Ministério”.

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Cristina Esteche

Jornalista

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