*Matéria atualizada às 21h de segunda (10) para inclusão de dados.
Luis Felipe Manvailer acaba de receber a sentença de culpado. De acordo com o rito do Tribunal do Júri, o juiz Adriano Eyng anunciou que o réu recebeu a condenação de 31 anos 9 meses e 18 dias, em regime fechado. A decisão é passível de recurso. Entretanto, Manvailer deixou o Tribunal do Júri e retornou à Penitenciária Industrial de Guarapuava (PIG), onde está preso há dois anos e nove meses.
O juiz começou a ler a sentença às 19h26 anunciando que além do homicídio por esganadura, lhe foram imputadas quatro qualificadoras: feminicídio, motivo fútil, meio cruel e fraude processual. O condenado ainda deverá pagar uma multa de R$ 100 mil aos pais de Tatiane, por danos morais.
Antes disso, um dos advogados de defesa chegou junto aos irmãos e mãe de Manvailer para prepará-los sobre a sentença do corpo de jurados. Dona Rita se emocionou. No outro lado do plenário, familiares de Tatiane se mantinham apreensivos. A mãe da vítima já tinha deixado a sessão no meio da tarde.
Durante a leitura da sentença, Manvailer colocou as mãos nos bolsos da calça jeans que usava. Enquanto isso, a banca de defesa se manteve cabisbaixa. Já a assistência de acusação e o promotor Pedro Papaiz prestavam atenção à leitura do juiz.
MANVAILER PEDE QUE MÃE FIQUE CALMA
Ao final da leitura, Eyng agradeceu as partes, aos assessores, aos jurados pelos sete dias de trabalho. Tão logo o juiz finalizou o júri, a mãe de Manvailer, acompanhada pela filha Mariana e o filho André desceram e ficaram perto de Manvailer. Ele olhou para a mãe e com gestos das mãos pediu que ela tivesse calma. Em seguida apontou para o crucifixo na parede. Momentos depois, dona Rita foi levada para abraçar o filho. A defesa fez um cordão humano de isolamento para dar privacidade a eles.
No lado de fora, uma carreata e buzinaço marcaram a condenação de Manvailer. Algumas ativistas levaram cartazes com a frase “Tatiane presente”. Uma carreata também mostrou apoio ao condenado.
Na saída, o advogado Roberto Brzezinski comemorou a condenação. “A justiça foi feita”. Enquanto o advogado Gustavo Scandelari afirmou que a sentença serve de estímulo para que fatos dessa natureza nunca mais ocorram.
De acordo com o promotor Pedro Papaiz, apesar da defesa tentar desconstruir as provas que mostravam que Manvailer era culpado, buscou atacar defensores públicos e testemunhas. “Apesar disso não conseguiu provar a impunidade do réu”.
DALLEDONE DISSE QUE VAI PEDIR ANULAÇÃO DO JÚRI
Cerca de 30 minutos após a saída da acusação, a banca de defesa lideradas pelos advogados Claudio Dalledone e Adriano Bretas deixou o Fórum de Guarapuava. De acordo com Dalledone, a defesa vai recorrer e pedir a anulação do julgamento. A base para esse recurso, segundo o advogado, serão as provas contidas nos autos.
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