22/08/2023
Esportes

Matando a memória pela raiz

 

No ultimo final de semana, o Paraná Clube voltou a jogar no Estádio Durival de Brito pela Série B. O tricolor ficou cerca de um mês sem jogar em seu campo devido a uma reforma em seu gramado. A partir de agora o estádio passa a ter um dos gramados mais modernos do país, utilizando a grama “Bermuda”, aprovada pela FIFA.

O problema todo não é a grama nova, e sim o velho tapete verde do estádio de Curitiba. O antigo gramado da arena era o último remanescente da Copa do Mundo de 1950, disputada no Brasil e que teve a capital paranaense como uma das sedes.

As linhas e mudas do gramado foram mantidas as mesmas por mais de 50 anos, e os tufos de grama do estádio mantido pelo Paraná Clube, era motivo de orgulho para os seus torcedores. Tudo isso foi por água baixa graças a um erro na manutenção do estádio. Visando acabar com o capim no gramado uma empresa foi contratada e acabou exagerando nas doses de herbicidas, o que acabou matando todas as plantas.

O custo do erro foi caro. Ao todo o Paraná gastou cerca de R$ 450 mil pra reformar o gramado. O custo para a memória esportiva do país também foi muito caro, afinal o herbicida acabou também matando a memória pela raiz.

Cristina Esteche

Jornalista

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