22/08/2023


Cotidiano Guarapuava

Maternidade e empreendedorismo na pandemia: os desafios de ser mãe

A sobrecarga com os afazeres domésticos levou 33% das mulheres com filhos a reduzir o tempo dedicado aos negócios contra 24% dos pais

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Maternidade e empreendedorismo (Foto: Reprodução/Pixabay)

A pandemia impactou a rotina das mães empreendedoras. A sobrecarga com os afazeres domésticos levou 33% das mulheres com filhos a reduzir o tempo dedicado aos negócios contra 24% dos pais. Assim, as mulheres com filhos pequenos, de até 10 anos, foram as mais impactadas, já que metade delas reduziu a jornada de trabalho por causa dos cuidados dedicados aos filhos e à casa.

A mesma proporção de mulheres, três em cada 10, gasta mais de três horas por dia nas tarefas do lar e nos cuidados com os filhos, enquanto apenas 16% dos homens vivem a mesma realidade. No caso de mães de filhos pequenos, a maioria (54%) enfrenta a mesma situação.

Os dados resultado de um estudo feito pelo Sebrae para identificar relações entre maternidade, paternidade e empreendedorismo, e outros fatores que impactam nas escolhas, rotinas de trabalho e comportamentos dos empreendedores. O levantamento ouviu 1.327 empreendedores, entre 5 e 15 de abril.

DADOS

Segundo o levantamento do jornal o Estado de Minas, a maternidade foi fator relevante para sete em cada 10 mães que decidiram empreender. Já entre os homens, a paternidade motivou 6 em cada 10 a terem o próprio negócio. Ter filhos também foi apontado como um fator importante de estímulo e superação das dificuldades, tanto pelos homens (28%) quanto pelas mulheres (22%).

A possibilidade de ter mais independência e um horário de trabalho mais flexível são benefícios percebidos pelas mães empreendedoras (33%) contra 19% dos pais. Ainda entre as principais motivações para empreender o desejo de ter uma fonte de renda que proporcionasse maior qualidade de vida à família incentivou 31% das mães e 40% dos pais a terem o próprio negócio.

Jornalista de formação, mas “mãe 24 horas”, Magna Barbosa Cassiano de 34 anos, diz se desdobrar entre todas as tarefas, além de cuidar do comércio digital de lingeries e bijuterias.

Não tenho babá, conto com ajuda de uma diarista, que faz limpeza uma vez por semana. Meu marido, é comerciante no Mercado Central, trabalha todos os dias, de domingo a domingo.

Magna tem dois filhos. Sempre trabalhou fora, mas diante da pandemia, com a questão de estar em casa, ela precisou buscar uma fonte de renda que permitisse conciliar as atenções, tornou-se referência na fabricação de brownies e quitutes.

Na verdade, dá um certo trabalho porque precisa de tempo e atenção, já perdi massa, por parar para amamentar e esquecer no forno. Não que seja trabalhoso, tem que ter atenção, é fogo, com criança, ter cuidados com acidentes domésticos. Querem ficar no colo, pedem atenção especial. Toda hora um quer experimentar, comer, participar. Ser mãe e empreendedora não é fácil, mas é lindo.

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Antunes

Jornalista

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