22/08/2023
Geral Guarapuava

Mauro Biazi e o luto pelo corte (ou morte?) das árvores da Lagoa

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Jonas Laskouski

A galeria é do leitor, mas o repórter citado acima resolveu assinar a introdução do texto…

Mauro Biazi dispensa apresentações e nas suas andanças por Guarapuava, o que não falta são observações. Ácidas, críticas, verdadeiras – no ponto de vista dele (e de uma maioria considerável) e deliciosas de se ler e refletir, quando quase sempre postadas em seu perfil no Facebook. Na tarde desta sexta feira (04), o colega jornalista chamou nossa atenção ao comentar a sua indignação com o corte de árvores que está sendo feito na Lagoa das Lágrimas para dar lugar a uma nova arborização. Leia o desabafo:

"EM LUTO PELAS MORTES DAS ÁRVORES DA LAGOA QUE CHORAM 
SILENCIOSAMENTE SEIVAS ANTES VITAIS SEM QUE OS INSENSÍVEIS PERCEBAM.
Vou andando pelo planeta e a cada dia mais e mais revoltado com a sanha destruidora do homem. Como criatividade não é o forte de quem está no poder apela-se criminosamente pra colocar no chão o que a natureza demora anos pra materializar em forma de frondosas e convidativas árvores ao ócio sagrado do homem, à vivência mais harmoniosa, ao contato imprescindível com a mãe natureza. 

As calçadas se romperam por conta do raizame, ok, mas se criatividade houvesse na construção de alternativas, adequando as mesmas às arvores, não precisaríamos assistir ao triste espetáculo de derrubada das árvores com dezenas de anos da Lagoa das Lágrimas.

Respeito e criatividade, eis o que falta aos gestores. 

Nem vou me alongar senão começam a brotar palavrões indizíveis aos responsáveis por mais essa barbaridade."

A Secretaria de Meio-Ambiente de Guarapuava justifica a ação: 

 “Essa substituição é necessária, pois algumas das árvores atuais correm riscos de cair a qualquer momento. Outras estão com problemas nas raízes ou estão danificando a fiação, apresentando riscos aos usuários. As novas árvores serão plantadas com aproximadamente 2 metros de altura”, explica o Secretário de Meio Ambiente, Celso Araújo, lembrando que o ipê é uma espécie que não oferece os mesmos riscos das gravíleas. 

Fica o registro do desabafo e do argumento. E o espaço está aberto para o debate. Civilizado, senhores leitores.

Cristina Esteche

Jornalista

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