MDB articula Sérgio Souza como novo presidente no Paraná

O MDB do Paraná caminha para uma reestruturação estratégica com vistas às eleições de 2026. O nome do deputado federal Sérgio Souza desponta como favorito para assumir a presidência do Diretório Estadual do partido. A escolha deve ocorrer no próximo dia 27 de julho.

Fontes ouvidas pelo blog indicam que o atual presidente do partido no estado, o deputado estadual Anibelli Neto, já sinalizou positivamente para a transição. Em conversa recente com o atual vice-presidente, Renato Adur, este confirmou que há um entendimento interno para que Souza assuma o comando. E ele tem a anuência das principais lideranças estaduais da legenda. Adur, por sua vez, deve continuar na vice-presidência, contribuindo com a articulação política do grupo.

OXIGENAÇÃO

A eventual saída de Anibelli da presidência estadual marca uma tentativa de oxigenação do MDB paranaense. Trata-se de um movimento que busca renovar quadros e estratégias eleitorais. A legenda pretende ampliar a presença na Assembleia Legislativa. E, sobretudo, recuperar espaço na Câmara dos Deputados, onde enfrenta hoje uma sub-representação frente à tradição no estado.

Uma das principais apostas do partido é a reconfiguração de candidaturas de peso. Internamente, há uma articulação para que o ex-governador Orlando Pessuti, hoje cotado para disputar o Senado, repense a trajetória eleitoral e aceite concorrer a uma vaga na Assembleia Legislativa. O cálculo é claro: com a densidade eleitoral de Pessuti, o MDB ampliaria a votação proporcional e aumentaria as chances de eleger novos nomes no Legislativo Estadual.

Na última semana, Pessuti esteve em Guarapuava, onde conversou com o Presidente da Câmara, Pedro Moraes (MDB). No município, a liderança do partido segue nas mãos do empresário rural Josiel Lima, que permanece na presidência local do MDB até 2026.

Pessutão, entretanto, espera contar com o apoio do governador Ratinho Junior. Porém, conforme fontes palacianas, já há um acordo com o ex-presidente Bolsonaro. O compromisso seria apoiar Paulo Martins. Mas aí há um entrave. Caso Ratinho Junior não emplaque uma candidatura à Presidência, pode muito bem querer o Senado Federal.

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