O guarapuavano Sérgio Oiler Horst Júnior, de 11 anos, o Serginho, que passou por um transplante de medula óssea para tratar um tipo raro de leucemia que enfrenta desde outubro do ano passado, recebeu uma ótima notícia nessa quinta feira (14) pela equipe médica do hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba. De acordo com postagens da mãe dele, Daiane de Paula Camargo nas redes sociais, ‘a medula pegou’.
O Portal RSN ouviu um especialista para explicar o que isso significa. De acordo com o médico Hematologista Rubens Venske Jr, de Guarapuava, o termo ‘pega da medula’ é usado quando há sinais de produção de células do sangue pela nova medula óssea. “Isso é ótimo pois indica sucesso do procedimento realizado e ocorre geralmente entre duas a quatro semanas após o transplante”.
Mesmo assim, segundo o hematologista, os cuidados médicos permanecem essenciais pois ainda existe risco de infecções, sangramentos e da rejeição chamada doença do Enxerto contra o Hospedeiro (GVHD). “O paciente permanece em uso de medicamentos para prevenir infecções e contra rejeição e seguirá acompanhamento mais rigoroso por período aproximado de 100 dias após o transplante”.
Daiane postou fotos com cartazes e equipe do hospital, comemorando a notícia. “Inicia-se o processo de cura, agora precisamos tomar todos os cuidados com o enxerto”. A mãe de Serginho disse que ele está empolgado, e ao receber a notícia agradeceu. “Sou muito grato a Deus, Nossa Senhora Aparecida e a minha irmã valente, Gabriela Portugal que me ajudou viver novamente”. Ela conta que foi o momento mais lindo e gratificante de suas vidas.
Serginho segue internado e segundo a mãe, é possível que receba alta na próxima semana. “Vai depender das reações dele, precisa melhorar mais, tomar medicamentos sem vomitar e os exames devem estar estabilizados”.
Serginho fez o transplante de medula óssea no dia 25 de janeiro, com material doado pela irmã Gabriela de 13 anos. O procedimento foi necessário porque o organismo do guarapuavano não estava respondendo ao tratamento com quimioterapia. Inicialmente existia a possibilidade de Serginho receber o transplante de uma criança do exterior, que possuía 100% de compatibilidade. Mas segundo a mãe, pela urgência do caso, a família optou que a doadora fosse a irmã de Serginho. O tratamento de Serginho comove a comunidade de Guarapuava desde outubro do ano passado.