Dentro das ações dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência de Gênero e exatamente no Dia da Não Violência Contra a Mulher, entidades guarapuavanas se erguem mais uma vez para encontrar formas de combater este mal que mata mais que o câncer na cidade.
Uma mesa redonda debatou a estrutura da rede que deve ser formada e afinada para combater à violência contra as mulheres guarapuavanas. A rede de enfrentamento irá contribuir para a redução dos índices alarmantes de casos e mortes que assolam o município.
A Coordenadora Estadual das Delegacias da Mulher, Paula Brisola salientou durante o evento que o fundamental é detectar os tipos de violência sofridas pelas mulheres e trabalhar em conjunto para saná-las. “O objetivo é salvar as vidas das mulheres guarapuavanas, atendê-las, acolhê-las e agir com medidas efetivas de solução envolvendo toda a rede de enfrentamento. Guarapuava está presente na coordenadoria junto com outras 15 delegacias e temos que buscar meios para fazer com que a mulher consiga sair do ciclo de violência em que vive, seja física, verbal e as outras formas”.
A vice prefeita e secretária da Mulher, Eva Schran destacou que Guarapuava está entre as 11 cidades que mais matam mulheres no Paraná e já está entre as 100 cidades brasileiras com os maiores casos de violência. “São 411 casos de agressões e algumas seguidas de morte entre janeiro e outubro de 2013 em nossa cidade. As vítimas procuram cerca de três vezes por uma unidade de saúde para se sentirem amparadas.”
Para o secretário de Saúde Stefan Negrão é situação é preocupante. “Elas pedem que olhemos por elas, pedem socorro ao procurarem nossas unidades e em muitos casos somos omissos. Precisamos unir forças para vencermos esta batalha”.
Representantes de 15 órgãos municipais e estaduais participaram da mesa redonda. As ações dos 16 Dias de Ativismo acontecem até o dia 05 de dezembro no Município.