O vereador afastado Admir Strechar (PMDB) continua recebendo o subsídio da Câmara normalmente. Durante o mês em que esteve preso Strechar recebeu o valor líquido de R$ 4,8 mil de um subsídio bruto de R$ 6.020,00 a que tem direito como vereador, mais 100% de verba de representação pelo cargo da presidência. É que o juiz da 2ª Vara Cível de Guarapuava, Nestário Queirós, ao determinar o afastamento de Strechar do cargo e da função de presidente observou que seria sem causar prejuízo da sua remuneração. Para o vereador Elcio Melhem (PP), que também é advogado, foi essa estratégia do juiz que impediu o retorno de Strechar à Câmara, como solicitavam os três agravos de instrumento impetrados pelo advogado Luis Claudio Sebrenski junto ao Tribunal de Justiça do Paraná, todos negados.
A determinação do juiz, entretanto, dá brecha para dupla interpretação ao ser uma determinação genérica, ou seja sem especificar se a remuneração será apenas do subsídio como vereador ou incluindo a verba de representação como presidente.
“Orientei o presidente em exercício para que determine à assessoria jurídica da Câmara que entre com um embargo de declaração junto ao juiz para saber ao certo o valor que o Admir continuará recebendo”, disse Melhem.
De acordo com o departamento de Recursos Humanos da Câmara, a folha de pagamento de dezembro ainda não foi fechada por causa desse impasse.
Segundo Melhem, ainda ontem, segunda-feira (19), João do Napoleão acatou a orientação e solicitou que o setor jurídico da Câmara providenciasse o documento.