O Paraná abriu 52.670 vagas de emprego em 2020, mesmo em um ano marcado pela pandemia. De acordo com a Agência Estadual de Notícias, esse foi o segundo melhor resultado do país. Com apenas 380 contratações a menos do que Santa Catarina.
O resultado é o comparativo entre 1.193.316 admissões e 1.140.646 desligamentos. Além disso, é superior ao saldo positivo de todos os estados do Nordeste e do Centro-Oeste. O Paraná foi responsável por 36,9% do resultado nacional no ano passado, que foi de 142.690 novas vagas.
AUMENTO
O saldo de empregos do ano passado foi superior inclusive a 2019. Assim, fechou em 51.441 vagas abertas. Foi o melhor indicador do Paraná nos últimos sete anos. Os dados foram divulgados nesta quinta (28) pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia.
Contudo, o recorte de dezembro foi negativo, com -8.077 vagas. Desse modo, espelhando a realidade nacional, que encerrou em -67.906. Esse é um mês que tradicionalmente registra mais demissões de trabalhadores com carteira assinada por causa das contratações temporárias.
EVOLUÇÃO MENSAL
Na evolução mensal, o Paraná teve oito meses com saldo positivo. Dessa maneira, sendo seis consecutivos após o primeiro impacto da pandemia, entre março e maio. Os meses com registros de alta foram janeiro (18.111), fevereiro (28.729), junho (1.959), julho (14.212), agosto (16.557), setembro (19.909), outubro (32.564) e novembro (28.940).
Conforme o governador Carlos Massa Ratinho Junior, os índices refletem a estratégia do Governo do Estado de valorizar a produção local. Bem como, destravar os negócios e investir em obras estruturantes como base da recuperação de empregos.
Além disso, ele também destacou que, mesmo diante de um cenário complexo, os empreendedores paranaenses se adaptaram rapidamente. Especialmente, em relação às medidas sanitárias para continuar desempenhando as atividades.
São dados muito animadores. Este é o melhor programa social que existe, aquele que conforta as famílias, que permite que elas sigam evoluindo. Estamos buscando novos investimentos junto ao setor produtivo para ampliar os empregos. Mas também facilitando o acesso ao crédito e estimulando ainda mais o empreendedorismo.
De acordo com o governador, esses novos empregos auxiliaram o Paraná a bater recordes na produção e exportações de carnes e produtos alimentícios. Ainda, a retomar os bons números da produção industrial e a inverter a curva do Produto Interno Bruto (PIB). Isso porque o PIB registrou evolução de 5,58% no terceiro trimestre de 2020. O Estado também fechou o ano passado com um saldo de 159.398 novas empresas, um crescimento de 26,82% com relação a 2019.
INTERMEDIAÇÃO
Uma das explicações para esse desempenho é o papel das Agências do Trabalhador do Governo do Estado. O Paraná encerrou o ano passado na liderança isolada do ranking nacional de colocação de profissionais pelas agências, com 74.615 trabalhadores efetivados em vagas de emprego com carteira assinada. Na Região Sul, o Paraná está muito acima do segundo lugar, que foi o Rio Grande do Sul, com 14.855.
SETORES
Os setores que mais se destacaram no acumulado do ano de 2020 foram indústria de transformação (25.880) e construção civil (14.855). Bem como, comércio (7.967), agricultura (1.657) e serviços (629). Além disso, apenas um setor apresentou resultado negativo no acumulado do ano: serviços industriais de utilidade pública (-79).
MUNICÍPIOS
Conforme o Caged, 290 municípios tiveram saldo positivo de empregos em 2020, o que representa 72,6% do total de 399. Outros dez registraram estabilidade, com saldo zero, e 99 registraram perdas – dessas, 64 perderam até 50 empregos.
Os destaques foram Ponta Grossa (5.626), Curitiba (2.928), Cascavel (2.558), Toledo (2.361), Ortigueira (2.183), Arapongas (1.794), Matelândia (1.635), Rolândia (1.692) e Umuarama (1.583).
DEZEMBRO
O saldo negativo de dezembro foi puxado pelas demissões no setor de serviços (-4.939), construção civil (-3.624), indústria (-2.183) e agropecuária (-64). O balanço positivo ficou com o comércio (2.733), estimulado pelas compras de fim de ano.
Bem como, pelo aumento das vendas nos supermercados e pelas injeções financeiras do décimo terceiro e do auxílio emergencial do governo federal.
NACIONAL
O Brasil gerou 142.690 empregos com carteira assinada em 2020. Foi o terceiro ano seguido com geração de empregos formais, mas o pior resultado para um ano fechado desde 2017. Quatro das cinco Regiões do país registraram mais contratações do que demissões no ano passado.
Com liderança para o Sul (85.500), Norte (62.265), Centro-Oeste (51.048) e Nordeste (34.689). Por fim, o Sudeste encerrou o ano com -88.785, puxado pelo desempenho do Rio de Janeiro, -127.155.
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