22/08/2023




Cotidiano

Mesmo com fantasma da crise, número de vagas é maior que 2008

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Guarapuava – Dados da Agência do Trabalhador de Guarapuava, responsável também por municípios da região, mostram que o período entre janeiro e março deste ano foi mais positivo que o do ano anterior, mesmo com a repercussão e agravamento da recessão mundial.
Em 2009 foram 3.892 inscritos, 1.247 vagas e 893 colocações no mercado, contra 4.099 inscritos em 2008 para 863 vagas e 615 colocações. “Saliento que o número de vagas foi 31% maior que 2008 e chamo atenção ao número de vagas não preenchidas, visto que ainda existem trabalhadores com pouca qualificação profissional e baixa escolaridade”, analisa o chefe da agência, Rodrigo Martins Padilha.
Outro problema, segundo ele, é que em função de um grande leque de trabalhadores para determinados setores, algumas empresas adotam a política dos baixos salários muitas vezes menor do que o valor estipulado pela categoria do trabalhador. “Mas pelos números, pode-se perceber que existem vagas de trabalho em Guarapuava, mas o que falta é uma política de qualificação por parte do setor privado, que muitas vezes apenas espera a qualificação das esferas governamentais , não fazendo a sua parte”, informa.
Números do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) referente ao primeiro trimestre de 2008 apontam um crescimento de 0,85%, percentual resultante das 3.702 admissões e 3.473 demissões. Já no mesmo período deste ano o crescimento foi de 0,36%, com 4.188 admissões e 4.085 pessoas demitidas.
“O volume de vagas geradas em 2009 foi maior que em 2008 e o número de crescimento em relação à admissão e demissão foi prati-camente o mesmo em relação ao ano passado. Conclui-se ainda que o volume de emprego em Guara-puava é estável neste momento, visto que se fala muito em demissões”, diz Padilha. O levanta-mento do Caged mostra que o setor que mais cresceu foi o de agropecuária.
Com relação ao número de seguro-desemprego, 2009 registrou 171 segurados a mais que em 2008. São 2.506 segurados contra 2.335 que contam com benefícios entre R$ 465 e R$ 870. O seguro-desemprego, além de prestar um auxílio financeiro, deve ser empregado para a qualificação profissional.
Várias instituições oferecem cursos de formação profissional tendo em vista que o número de vagas disponíveis no mercado quase nunca é totalmente preenchido pelo currículo defasado. “Os cursos profissionalizantes têm sido a melhor opção e os mais procurados, por serem mais rápidos e com um custo acessível, e também por oferecerem um aprendizado mais direcionado em determinadas áreas. Esta procura envolve todas as faixas etárias, até mesmo quem já tem faculdade está voltando a estudar”, comenta Teresinha Dorigue, assistente comercial Cebrac.

Cristina Esteche

Jornalista

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