22/08/2023
Economia

Mesmo com menos dias úteis, junho registrou leve desaceleração nas vendas

Da redação, com assessoria

Mesmo com menos dias úteis, em virtude da Copa do Mundo, junho registrou leve desaceleração nas vendas e registrou aumento de 4,4% em comparação com o mesmo mês do ano anterior. Esta foi a constatação do IAV-IDV (Índice Antecedente de Vendas), estudo realizado mensalmente pelos associados do IDV, que também apontou crescimento de 1,1% nas vendas em julho, 5,1% em agosto e 5,7% em setembro, sempre em comparação com os mesmos períodos de 2013. O IAV-IDV é um índice antecedente, e o indicador do mês realizado é divulgado 30 dias antes da PMC (Pesquisa Mensal do Comércio), do IBGE. Além disso, também aponta as expectativas dos associados para os próximos 3 meses.

Assim, a IAV-IDV de maio, divulgado em meados de junho, apresentou crescimento de 5,4%, enquanto que a PMC divulgada em meados de julho apresentou alta de 4,8% na comparação anual, confirmando a tendência apontada pelo IAV-IDV e demonstrando a forte aderência do índice que é divulgado antecipadamente.

O varejo de bens não duráveis, que responde em sua maior parte pelas vendas de super e hipermercados, foodservice e perfumaria, apresentou aumento de 5,91% em junho, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Por sua vez, a expectativa de crescimento para julho é de apenas 1,6%, recuperando-se rapidamente em agosto, com crescimento acelerado de 6,1% e 7,1% em setembro. “O segmento de não duráveis, que não esperava crescer tanto, acabou melhorando a suas expectativas”, afirma o presidente do IDV, Flávio Rocha.

Já o setor de semiduráveis, que inclui vestuário, calçados, livrarias e artigos esportivos, ficou abaixo do indicador IAV de junho. Os associados apontaram alta de 4,1%, em razão dos feriados do mês. Em relação aos próximos meses, a expectativa é de crescimento de 3,1% em julho, 7,7% em agosto e 6,8% em setembro.

Para o segmento de bens duráveis, os associados divulgaram crescimento de 2,2% em junho. Para os meses seguintes, a expectativa é de queda de 1,4% em julho, recuperando-se em seguida, com crescimento de 1,3% em agosto e 2,6% em setembro com 2,6%, sempre em comparação com os mesmos meses do ano passado.

“Os primeiros seis meses de 2014 apresentaram indicadores expressivamente superiores aos de 2013, com média de crescimento do IAV-IDV de 5,2% contra 2% no ano passado, sugerindo perspectivas melhores para o varejo nacional. Já o alinhamento do IAV-IDV com a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) foi muito forte no primeiro quadrimestre de 2014, com média de crescimento do IAV-IDV de 5,3% contra 5% da PMC. Os principais pontos de atenção ainda são a confiança do consumidor, que continua baixa, ficando pelo 17º mês consecutivo abaixo da média histórica, influenciado, principalmente, pela baixa confiança futura dos consumidores. Em junho e julho, o cenário econômico nacional também foi marcado pela continuidade do aperto monetário do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que se reuniu em 15 e 16 de julho e decidiu pela manutenção da taxa básica de juros em 11% ao ano”, analisa Rocha

Cristina Esteche

Jornalista

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