22/08/2023
Economia

Micros terão a Agência do Empreendedor em Guarapuava

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Microempreendedores que atuam em Guarapuava vão contar com uma Agência que será ligada à Secretaria Municipal de Indústria, Comércio e Turismo em parceria com a Junta Comercial, Associação dos Contabilistas, Prefeitura e Agência de Fomento do Paraná. A criação da Agência do Empreendedor foi anunciada pelo prefeito Cesar Filho durante entrevista concedida à REDE SUL DE NOTÍCIAS no primeiro dia do seu mandato. A ideia é facilitar a inclusão no mercado formal de trabalho de profissionais que atuam na informalidade. “Vamos conversar com os órgãos citados em busca dessas parcerias para que possamos auxiliar a constituição de empresas formalizando as atividades que estão à beira do mercado formal e possibilitando o desenvolvimento e o crescimento desses empreendimentos a partir do acesso à linhas de microcréditos”, afirmou o prefeito. De acordo com Cesar Filho, a intenção é de que a agilidade do processo permita que empresas estejam legalizadas em uma semana.

Em Guarapuava, apesar das tentativas da RSN junto ao Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) , Junta Comercial, Associação Comercial e Empresarial de Guarapuava (ACIG) e Receita Federal, não foi possível levantar nenhum dado estatístico sobre o número de microempreendedores e nenhuma estimativa da informalidade no município.

A inserção na atividade econômica como microempresários ou por conta própria tem sido um dos principais meios dos trabalhadores adquirirem seu sustento . Essas atividades são responsáveis pela maior parte dos postos de trabalho gerados e de acordo com o portal do Sebrae nacional já absorvem mais de um terço dos trabalhadores ocupados no Brasil.

Os microempreendedores formam um grupo muito heterogêneo, abrangendo desde camelôs até donos de microempresas de alta tecnologia

Resultados de uma pesquisa inédita do Sebrae, com base em dados da Receita Federal e de consultas a empreendedores de todo o País, indicam que foi bem-sucedida a criação do chamado microempreendedor individual (MEI), perfil de empresário instituído pela Lei Complementar 129/2008 para incentivar a formalização de pequenos negócios. 

Segundo estimativas, o número de empreendedores individuais deverá quase dobrar até 2014, passando dos atuais 2,5 milhões para 4 milhões
Em vigor desde 2009, o perfil engloba empresários cujo faturamento bruto limita-se a R$ 5 mil ao mês ou R$ 60 mil por ano. Decorridos três anos de sua implantação, a maioria dos novos empresários que formalizaram o enquadramento como microempreendedores individuais (94%) consideraram mais favorável a legalização do que manter o empreendimento na clandestinidade.

Pelas projeções do Sebrae, o número de empreendedores individuais deverá quase dobrar até 2014, passando dos atuais 2,5 milhões para 4 milhões. Esse crescimento está fundamentado tanto na expectativa de ampliação da economia do País quanto nas atividades que envolverão a Copa do Mundo em 2014 e os Jogos Olímpicos em 2016.

Os dados da pesquisa apontam que 48% concluíram o ensino médio ou técnico. A participação feminina também é expressiva – 46% frente aos 54% de empresas tocadas pelos homens. A maioria das mulheres desenvolve atividades no ramo da indústria, o que inclui confecção de bijuterias, massas, pães, doces e outros processados. Já no caso do empreendedorismo masculino, a grande maioria, 95%, está na construção civil. Em relação à faixa etária, prevalecem os que têm entre 25 e 39 anos.

Cristina Esteche

Jornalista

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