Minha Casa Minha Vida estimula indústria da construção civil, diz Campagnolo

O presidente da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Edson Campagnolo, participou nesta segunda-feira (23), em Curitiba, da solenidade de assinatura de um acordo de cooperação técnica para a construção de 70 mil unidades habitacionais pelo programa Minha Casa Minha Vida. Para Campagnolo, a parceria entre governo federal e estadual, que deve resultar em investimentos de R$ 5 bilhões, é um importante incentivo para o setor da construção civil e para o desenvolvimento de todo o Estado. O evento teve a presença do ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, e do governador Beto Richa, entre outras autoridades.

“Um movimento como esse, com uma parceria e a garantia de recursos dos governos federal e estadual, dá um grande incentivo ao setor da construção civil, que é um dos mais importantes para a economia do Paraná”, disse Campagnolo. No Estado, o setor é composto por cerca de 15 mil empresas, que geram 142 mil empregos. “O investimento certamente vai ter impacto também em toda a cadeia produtiva, beneficiando outras indústrias envolvidas, como a de insumos para a construção, móveis e linha branca”, acrescentou Campagnolo.

O acordo assinado nesta segunda-feira, no Palácio Iguaçu, sede do governo paranaense, prevê que serão construídas 70 mil unidades habitacionais no Estado até 2014. Os cerca de R$ 5 bilhões do programa Minha Casa Minha Vida serão provenientes do Orçamento-Geral da União e do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Além disso, o governo do Paraná entrará com uma contrapartida de R$ 350 milhões. Os recursos atenderão as três faixas do programa, que incluem famílias com renda máxima que vão de R$ 1,6 mil a R$ 5 mil mensais. “O programa vai atingir todo o Estado, beneficiando inclusive os trabalhadores da indústria e propiciando novos investimentos, sendo um bom suporte para o nosso desenvolvimento”, afirmou Campagnolo.

Aguinaldo Ribeiro ressaltou que o programa, mais do que ter uma função social pela questão da moradia, é um importante incentivo para a economia. “Ao concretizar o sonho da casa própria, o programa passa a gerar emprego e renda e, com isso, não estamos combatendo apenas o déficit habitacional do País”, disse o ministro das Cidades.

Para representantes do setor da construção civil, os recursos anunciados para o Minha Casa Minha Vida realmente contribuirão para o desempenho do segmento. “Já temos uma boa parceria com a Cohapar (Companhia de Habitação do Paraná) e esse programa só vem incentivar ainda mais o setor”, disse Euclesio Finatti, vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Paraná (Sinduscon-PR), entidade filiada à Fiep.

Segundo Finatti, os recursos serão importantes principalmente para compensar altos custos que estão sendo enfrentados pelo setor, especialmente para a aquisição de terrenos. “O investimento viabiliza que mais empresas do setor possam atender a demanda por moradia”, declarou. Ele disse ainda que o sindicato não tem uma estimativa concreta de quantos empregos podem ser gerados com o programa. Mas como a construção de uma casa precisa, geralmente, de 5 a 6 profissionais, o impacto na contratação de mão de obra será significativo

Com assessoria/Fiep