22/08/2023
Política

“Minha vida não foi fácil”, diz Ney Caldas

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Da redação – A semana inicia com um guarapuavano como chefe da Casa Civil. O ex-vice prefeito de Guarapuava, Ney Hamilton Caldas (foto) assume o cargo nesta segunda-feira (12) e terá um papel estratégico no Governo de Orlando Pessuti. Além da Casa Civil ser uma pasta essencialmente política, Ney poderá ganhar espaço na brecha existente no mandato de Pessuti, já que não há o vice-governador.

Peemedbista de "primeira hora", daqueles considerados "autênticos" (denominação dada para os peemedebistas tradicionais), amigo pessoal do governador, Ney Caldas disse em entrevista à jornalista Cristina Esteche, da Rede Sul de Notícias, que o seu relacionamento com Pessuti soma mais de 30 anos. "Estudamos juntos no Colégio Estadual do Paraná em 1973. Me formei em administração de empresas e ele em vetrinária".

O fato de serem estudantes do interior, oriundos da mesma região os aproximou ainda mais e os levou para o mesmo partido quando fizeram a opção de seguir a carreira política partidária. "Sou PMDB desde sempre", afirma com orgulho e nessa questão de sermos do interior morando na capital do Estado nos fez muitos amigos até os dias de hoje. Eu Ney nasci no então distrito de Guarapuava e hoje município de Pinhão, enquanto Pessuti é de Califórnia, no Vale do Ivaí", diz.

A trajetória política do novo chefe da Casa Civil começou em 1974 durante a campanha do ex-deputado federal Aragão de Mattos Leão o que acabou fortalecendo o vínculo que mantém até hoje ao grupo político da Família Mattos Leão. Ney Caldas foi diretor das rádios Difusora e Atalaia, emissoras pertencentes ao Grupo Mattos Leão, foi vice-prefeito de Guarapuava e há 7,3 anos vinha dirigindo a Companhia de Desenvolvimento Agropecuário do Paraná (Codapar).

" Quando começaram a cogitar o meu nome para a chefia da Casa Civil passou um filme na minha cabeça. As coisas não foram nada fácil para mim. Entrei na escola somente aos 9 anos de idade porque morava no Pinhão. Tinha que andar por mais de 9 quilômetros para chegar à escola. Fiz isso até os 11 anos de idade", conta relembrando a origem simples.

"Depois, vim para a cidade (Guarapuava) e fui morar na casa de parentes até ir estudar em Curitiba. Não foi nada fácil e por isso dou muito valor a todas as minhas conquistas. Vou fazer o que for possível para bem representar o nome de Guarapuava no governo do Orlando Pessuti", afirma.

 

Cristina Esteche

Jornalista

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