22/08/2023


Brasil Geral

Ministra participa de debate sobre trabalho infantil e escravo

imagem-106333

Da Redação, com Assessoria

Brasília – A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, participa nesta quarta-feira (27) às 9h30, em São Paulo (SP), de debate sobre trabalho infantil e trabalho escravo. O encontro terá a participação do Prêmio Nobel da Paz em 2014, Kailash Satyarthi, do ministro do TST, Lélio Bentes, do membro da Comissão nacional de erradicação do trabalho infantil da justiça do trabalho, Marcos Fava, e da diretora técnica do Sebrae, Heloísa Menezes. 

Entre 2004 e 2014, no Brasil, houve redução de 43,6% de crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil, passando de 5 milhões para 2,8 milhões. O desafio hoje no Brasil é atuar sobre situações diferentes que existiam no passado e que já não são mais tão presentes: o trabalho infantil deixou de ser um fenômeno específico da pobreza e se concentra agora na cultura de valorização do trabalho e de acesso a bens. 

A última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad/IBGE) mostra um crescimento na participação de adolescentes de 14 a 17 anos, que representam 80% do total do que é considerado trabalho infantil. O acesso à escola tem sido outro aspecto importante. Há continuo crescimento da frequência escolar de crianças em trabalho infantil até 13 anos, passando de 94,4% em 2004 para 96,8% em 2014. Já os adolescentes e jovens de 14 a 17 anos ampliaram sua frequência de 83,4% em 2004 para 89,2% em 2014. 

Outra mudança importante é o aumento do trabalho infantil entre famílias com estratos de renda mais elevados. Entre 2013 e 2014, houve ampliação em famílias com rendimento domiciliares mais elevados, com renda per capita mensal superior a R$ 830. Atualmente, uma boa parte dos adolescentes que trabalha não o faz em razão da pobreza, mas porque procura uma inserção precoce no mundo do trabalho, em busca de autonomia e maior acesso a bens de consumo. 
 

Cristina Esteche

Jornalista

Relacionadas

A missão da RSN é produzir informações e análises jornalísticas com credibilidade, transparência, qualidade e rapidez, seguindo princípios editoriais de independência, senso crítico, pluralismo e apartidarismo. Além disso, busca contribuir para fortalecer a democracia e conscientizar a cidadania.

Pular para o conteúdo