Da Redação, com Congresso em Foco
Brasília – Uma das estratégias do Planalto para conseguir barrar a denúncia contra o presidente Michel Temer, por corrupção passiva, no plenário da Câmara, é a volta dos ministros licenciados, e que são da base do governo, ao cargo de deputado federal.
Desta forma, têm direito a votar e rejeitar o processo, engrossando os números a favor do presidente. A votação está marcada para esta quarta feira (02).
O assunto já havia sido tratado durante a última reunião ministerial, antes mesmo do recesso parlamentar, e seguiu na pauta do Planalto, nos últimos dias. A tática já foi usada em outra ocasião pelo governo, durante a votação da reforma trabalhista.
O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, já tratou de avisar aos aliados sobre a decisão, de acordo com informações da GloboNews.
No entanto, nessa segunda feira (31), o ministro da Secretaria-Geral, Moreira Franco, disse não ser possível afirmar que todos os 12 ministros licenciados da Câmara retomarão os mandatos.
"Não sei se todos reassumirão [o mandato], mas a orientação geral é que eles todos deverão estar presentes para dar o testemunho de que nós queremos votar", disse. São deputados licenciados os seguintes ministros:
- Antonio Imbassahy, do PSDB (Secretaria de Governo);
- Bruno Araújo, do PSDB (Cidades);
- Maurício Quintella, do PR (Transportes);
- Osmar Terra, do PMDB (Desenvolvimento Social);
- Leonardo Picciani, do PMDB (Esporte);
- Raul Jungmann, do PPS (Defesa);
- Mendonça Filho, do DEM (Educação);
- Ronaldo Nogueira, do PTB (Trabalho e Emprego);
- Ricardo Barros, do PP (Saúde);
- Fernando Coelho Filho, do PSB (Minas e Energia);
- Sarney Filho, do PV (Meio Ambiente);
- Marx Beltrão, do PMDB-AL (Turismo).