O Museu Oscar Niemeyer leva esta semana a exposição “Artigas, nos Pormenores um Universo” para Ponta Grossa, num projeto itinerante. A mostra reúne maquetes do arquiteto curitibano João Batista Vilanova Artigas e poderá ser vista no Museu Campos Gerais.
Conforme a Agência Estadual de Notícias, a exposição feita no MON, tem apoio da Universidade Estadual de Ponta Grossa e da Associação de Museus dos Campos Gerais.
A mostra é um recorte da exposição “Nos pormenores um universo – Centenário de Vilanova Artigas”, promovida pelo MON em 2015. De acordo com a diretora-presidente do museu, Juliana Vosnika, a exposição apresenta aos paranaenses um pouco do singular trabalho do arquiteto que se tornou internacional.
“Permitir que uma exposição extravase as paredes da instituição, viaje e chegue presencialmente a um público que talvez não tivesse acesso a determinado conteúdo, é a realização da mais nobre e importante missão de um museu, a de disseminar conhecimento”.
Conforme um dos curadores da exposição, Gustavo Paris, cada casa significa também pensar a sociedade e seu conjunto de relações. “Por este motivo, as obras selecionadas para a presente exposição tem como tema central a arquitetura residencial de João Batista Vilanova Artigas”.
Tais características podem ser observadas na escolha dos materiais utilizados. Isso porque eles resgatam a importância do contexto local em detrimento de uma industrialização que torna homogêneas as paisagens do mundo todo.
VILANOVA ARTIGAS
Nascido em Curitiba em junho de 1915, João Batista Vilanova Artigas mudou-se para São Paulo e se formou arquiteto pela Escola Politécnica da USP, em 1937. Ele fundou a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo em 1948. Posteriormente, ele liderou em 1962, um movimento para a reforma de ensino que influenciou outras faculdades de arquitetura no Brasil.
Além disso, ele foi bolsista da John Simon Guggenheim Foundation em 1947. Militante dos movimentos populares no Brasil, a ditadura militar o perseguiu diversas vezes. Portanto, a universidade o expulsou em 1969, juntamente com outros professores brasileiros.
Por fim, ele acumula duas premiações internacionais. A primeira pela União Internacional de Arquitetos, com o ‘Prêmio Jean Tschumi’ em 1972 e depois, o ‘Prêmio Auguste Perret’ em 1985, já póstumo.
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