22/08/2023
Cotidiano Guarapuava

Monsenhor Miguel celebra missa de cura e libertação em Guarapuava

Missa da Igreja Ortodoxa será celebrada no Espaço do Cidadão no bairro Primavera em Guarapuava neste domingo (15), às 19h30

santuario

Missa terá o Monsenhor Miguel (Foto: Divulgação/Santuário)

O ‘Espaço do Cidadão’ do bairro Primavera, em Guarapuava, sedia neste domingo (15), às 19h30, uma missa de cura, libertação e exorcismo. A celebração será conduzida pelo Monsenhor-Miguel-Phellype Thiago Martins. Ele é membro da Igreja Ortodoxa Malankara, com sede arquidiocesana em Lima (Peru). De acordo com o Monsenhor, a Igreja tem como arcebispo Mor Ángel Ernesto Morán Vidal, e bispo auxiliar para o Brasil Dom Kelmon.

Conforme o Monsenhor, a missão que começou em Guarapuava em 2015, acabou sendo interrompida por questões financeiras. “Quando em 2015 cheguei em Guarapuava eu estava apenas com dois anos de ordenação. Fui o mais novo sacerdote ortodoxo já ordenado no Brasil, responsabilidade essa que me orgulho. Trabalhei incansavelmente pela comunidade em Guarapuava. Enfrentamos muitas situações”.

De acordo com o Monsenhor Miguel, ele esperou o tempo certo em obediência ao Arcebispo Mor Ángel. “Creio que Deus prepara um tempo certo e aqui estou para dar continuidade na Missão. Espero que logo isso melhore para que possamos ter novamente nosso Santuário aqui na cidade”.

Todavia, enquanto isso não ocorre, o Monsenhor celebra mensalmente no bairro Primavera. “Espero que logo isso melhore para que possamos ter novamente nosso Santuário aqui na cidade”.

LIBERTAÇÃO DO MAL

Uma das partes que chama a atenção durante as celebrações, são as orações para libertação do mal (exorcismo). “Foi um dom que desenvolvi dentro da Igreja. Só pode realizar exorcismo o sacerdote devidamente autorizado pelo seu metropolita ou pelo bispo responsável. Eu fui nomeado no ano passado exorcista oficial da Arquidiocese das Américas por Sua Santidade, o católico Mor Basílios Thomas PauloseIII”.

Isso, contudo, não é apenas uma conquista, mas uma responsabilidade. “Deus mostra a quem tem o dom de revelação onde existem forças do mal. Me recordo de um exorcismo que realizei que a pessoa quebrou uma porta que precisavam vários homens para quebrá-la e assim por diante. É preciso ter uma vida de oração e vigilância, pois o inimigo sempre quer derrubar de uma forma especial os padres exorcistas”.

Hoje sediado em Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba, o Santuário conta com a associação ‘Mãe dos Aflitos’. Assim, trata-se de um trabalho de evangelização e obras sociais. “Durante a pandemia chegamos a entregar 50 cestas básicas. Deus colocou no meu coração a ampliação desse projeto e no futuro vamos trazê-lo a Guarapuava também.

O cristão que só sabe receber e não sabe dar ainda não aprendeu o verdadeiro evangelho. É preciso ensinar a pescar, mas até o irmão a irmã aprender podemos dar o peixe, a vara e ensinar a pescar. Todo evangelho se resume no amor.

A IGREJA ORTODOXA

Para os ortodoxos, a Igreja Ortodoxa é a verdadeira fundada por nosso Senhor Jesus Cristo no Ano 33 D.c em Jerusalém. Desse modo, foi a primeira Igreja instituída por Cristo em Jerusalém sob os 12 discípulos de Jesus. Ainda conforme os ortodoxos, depois teve continuidade pelos apóstolos e chegou até nossos dias. Ela foi confirmada exatamente no dia de Pentecostes na casa de São Marcos, onde até os dias de hoje é um mosteiro pertencente à uma jurisdição ortodoxa.

De acordo, com o Monsenhor Miguel, esse nome trouxe inúmeros significados. “Representaram exatamente aqueles que resistiram aos ventos que vieram para destruir o cristianismo. A nossa fé é ortodoxa: una, santa, católica e apostólica. Contra essa fé vieram as heresias de Ario, Nestório, passando pelo iluminismo e as revoluções. Podemos recordar o tempo em que os  imperadores queriam tomar o lugar do próprio Cristo na Igreja. Nós resistimos e dissemos não.”

Assim sendo, conforme explica o Monsenhor, Ortodoxo significa fé correta. “Ou seja, aquela que não se prostrou perante doutrinas humanas, senão na verdade do Cristo, baseado dessa forma em três pilares, sendo eles a tradição apostólica, a tradição da Igreja e a Palavra de Deus”.

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Cristina Esteche

Jornalista

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