O vendedor Ezequiel Alves da Silva de 33 anos está passando por uma situação difícil. Ele mora em uma casa recém construída na rua Francisco de Assis, no bairro Boqueirão em Guarapuava. Mas de acordo com Ezequiel, a casa pode ser demolida a qualquer momento.
Conforme o morador, o terreno de 1.050 metros quadrados pertence a sogra Mariza do Rosario Olenka de 54 anos, há mais de 30 anos. Em 2018, ela recebeu a posse definitiva da área. “Ela tem escritura e registro da propriedade no cartório de imóveis”. Como o terreno é grande, “ela cedeu uma parte para construção da minha casa”.
TRÊS FAMÍLIAS
Ainda de acordo com Ezequiel, já moravam no terreno a sogra e o marido. E em outra casa, (nos fundos da casa de Ezequiel), moram a cunhada e o filho dela. O vendedor contou ao Portal RSN que começou a construir em um canto do terreno, sem projeto na prefeitura.
“São três famílias morando no mesmo lote, mas em casas separadas. Comecei a construir a casa bem simples em maio. E dois ou três meses depois a gente se mudou. Precisava sair do aluguel”.
Mas Ezequiel conta que enquanto construía a casa, começou a receber intimação da prefeitura para regularizar a construção. “Mas eu não tinha condição de pagar. A prefeitura mandou embargar a construção da casa. Mas eu já tinha me mudado”.
ACUSAÇÃO
Conforme Ezequiel, o proprietário do terreno ao lado diz que a construção da casa está irregular, e dentro do terreno vizinho. E entrou na justiça pedindo que a casa seja demolida para a passagem de uma rede de esgoto de um condomínio que será construído.
Mas segundo o morador, não há irregularidade neste sentido. “Eles estão usando como prova de uma possível irregularidade, a falta de regularização da construção, que não foi feita por mim por falta de dinheiro”.
A casa já tem luz, esgoto e água instalada pela Sanepar. Ezequiel mora com a esposa e dois filhos de três e 12 anos. E recebeu uma intimação da Justiça no dia 9 de dezembro, que segundo ele determina a desocupação da casa.
A família recorreu mas foi informada que a revisão do processo deve ocorrer após as férias forenses. Assim, não teria como impedir uma possível demolição ou desapropriação. Caso isso ocorra, Ezequiel, a esposa e os dois filhos terão que sair e procurar uma casa para morar.
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