22/08/2023
Geral

Moradores denunciam lixo a céu aberto

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*Por Taís Nichelle

É precária a situação da Avenida Bento Camargo Ribas, no Bairro São Cristóvão. Há cerca de três meses o terreno baldio localizado ao lado da rua é utilizado pela população como depósito de lixo. Além do mau cheiro, o lixo que é jogado ameaça a saúde das pessoas, já que grande parte acumula água e vira criadouro de mosquitos. É possível observar todo o tipo de dejetos: comida, plástico, pneus, resto de móveis, roupas e até mesmo animais (vivos ou mortos). 

Mas não é só o lixo que atrapalha os cidadãos do bairro São Cristóvão. O terreno está abandonado, o mato cresce cada dia mais, o que favorece o vandalismo. Segundo a estudante Kelly Gonçalves, é extremamente perigoso transitar pela rua. "Eu trabalho o dia todo e preciso estudar à noite. Uma vez, quando estava voltando da aula, um homem me esperou passar escondido no mato. Por sorte eu consegui correr mais rápido do que ele”. Infelizmente, a situação da Kelly se reflete nas outras mulheres que precisam caminhar pela rua. O funcionário de uma empresa próxima ao local, Gerson Machado, conta que sempre que pode acompanha as colegas de trabalho para que não sigam o percurso sozinhas. “O pior é que é praticamente impossível passar de carro porque sempre tem pedaços de móveis ou pneus jogados no meio da rua”. 

Como a situação não é de hoje, alguns moradores buscaram providências, mas não foram atendidos. É o caso do catador de lixo Sebastião Caetano, que procurou a prefeitura há cerca de um mês para reivindicar seu direito de usufruir de uma rua acessível e segura. “Muita gente me pede por que eu quero uma rua boa, já que não tenho carro, mas eu preciso empurrar meu carrinho de papelão todo o dia e eu não aguento mais essa sujeira”. A sujeira que o Sebastião reclama não é só resultado do lixo, pois a rua não recebeu a mínima estrutura, é estrada de chão, o que favorece deslizamentos de terra e consequentemente, o esgoto é levado para frente da casa dele. 

Posicionamento da SURG
Em entrevista à Rede Sul, o diretor presidente da Companhia de Serviços de Urbanização de Guarapuava (SURG) Fernando Damiani, declarou que desconhecia até então o problema e que a Companhia avaliará a situação da rua nesta sexta-feira (24). 
 

Cristina Esteche

Jornalista

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