22/08/2023
Segurança

Moradores do Jordão pedem Módulo policial

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Lizi Dalenogari, da Redação

O sossego, a segurança e a tranquildade foram retirados dos moradores da Vila do Jordão, em Guarapuava, há muitos meses. O clima é de insegurança e medo. Na madrugada de domingo (06), um motorista embriagado matou Sérgio Lopes, de 31 anos em frente ao Kartódromo. Segundo testemunhas, o motorista desviou da lombada, passando pela lateral, atingindo Sérgio que estava de moto. O motorista e outra ocupante do veículo fugiram do local do acidente.

Os moradores da Vila exigem a implantação de um módulo policial no local, ou a permanência de uma viatura de sexta para sábado, de sábado para domingo e de domingo para segunda, dias em que os moradores não dormem devido ao som abusivo, rachas na Avenida Rubens Siqueira Ribas, tentativas de assalto.

O Parque Recreativo do Jordão deixou de ser, há muito tempo, um lugar de lazer das famílias guarapuavanas. Hoje é um lugar onde o uso de drogas acontece à plena luz do dia, e onde os desocupados fazem plantão nas madrugadas dos fins de semana. “Isso aqui é um horror. O som dos carros, cerca de 15, sempre os mesmos, chegam a fazer as casas tremerem. Moro há 1 km do Parque e é como se o som estivesse dentro da minha casa. Um desrespeito sem tamanho. Sou nascido e criado no Jordão e hoje vejo com tristeza meus vizinhos deixando de ir a missa por temerem deixar as casas sozinhas, com medo de assaltos. Vejo mães impedidas de mandarem seus filhos a mercearia por medo que os carros em alta velocidade os atinjam. Os malandros invadiram o nosso “quintal” e não podemos fazer nada. Pedimos socorro as autoridades antes que mais mortes aconteçam aqui”, diz Juliano.  

O morador conta que uma blitz foi realizada na tarde de domingo (06), e questiona. “Queria saber porque quando chamamos a polícia vem uma viatura, quando vem. E quando acontece um acidente, como o que tirou a vida do Moio (apelido do Sérgio) vem seis, sete viaturas. Aí dizem que não tem efetivo. Não dá para entender. Na blitz simplesmente os caras avisavam os comparsas por telefone que os policiais estavam aqui e acabaram pegando só gente que não incomoda, os tranqueiras ficaram escondidos no parque até a blitz acabar.  Venham fazer blitz aqui na madrugada. Basta uma ou duas e quero ver se não acaba com esta folia”, desabafa.

Os números das placas dos veículos que perturbam o sossego dos moradores da Vila do Jordão nos fins de semana estão sendo levantados, cerca de 15, e serão repassados para o serviço de inteligência da polícia. “Se pegarem estes tipos temos certeza que esta farra acaba. Não podemos mais viver neste clima de insegurança, medo e falta de sossego. Somos trabalhadores e moramos aqui. Quem quiser vir para o Parque do Jordão venha ciente de que aqui moram famílias e pessoas de bem que merecem ser respeitadas como qualquer outro cidadão. A liberdade que eles acham que tem para fazer o que querem, termina quando começam a invadir a nossa”, enfatiza o morador que não teve seu sobrenome divulgado por medo de represálias. 

Cristina Esteche

Jornalista

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