Tiroteios, algazarras, bebedeira, gritaria e muito lixo nas ruas após meia-noite até altas horas da madrugada. Estas cenas se repetem há anos na Vila Carli, no entorno do campus Cedeteg. A situação, conforme moradores daquela Região, se tornou insuportável. Atemorizadas, as pessoas não saem mais. “As pessoas, os universitários, estão com medo de sair às ruas”. A Região, por causa do campus, é repleta de ‘repúblicas’, quitinetes, edifícios que são alugados para universitários. Por conta desse público, cafeterias, restaurantes e lanchonetes se espalham nesse espaço. Além disso, o bairro que é considerado um dos maiores da cidade, atrai também empresas de outros ramos.
De acordo com reclamações de moradores e de comerciantes, essa situação vem sendo ‘patrocinada’ por bares que não têm horário pra fechar. “Só agora em janeiro, na madrugada, já houve quatro tiroteios dentro de um desses estabalecimentos”. Além disso, conforme moradores, há venda de bebidas alcoólicas na rua. A gravidade surge porque ali, de acordo com reclamações, há venda de drogas. “Mas é importante dizer que esse público vem de outras bairros da periferia, inclusive, de localidades do outro lado da cidade”. Veja abaixo o vídeo do tiroteio.
Cansados com a situação, que já causa prejuízo ao comércio por limitação de público, moradores já tiveram reuniões com a Polícia Militar. Vereadores também já foram conclamados. De acordo com Flávio Siquelero, que mora no bairro, e preside o Conselho Municipal de Segurança, a PM já intensifica as rondas na Região. “A polícia faz três rondas, porque trabalha com apenas 50% do efetivo que seria ideal para Guarapuava”. Outra medida é a criação da Associação de Moradores do Bairro. “Também pedimos que os vereadores alterem o Código de Posturas do Município, em relação ao fechamento dos bares à meia-noite”.
NO CENTRO DA CIDADE
A falta de segurança e a incidência de furtos e roubos na área central da cidade é outra preocupação. Para tratar desse assunto, às 18h desta quinta (30), está agendada reunião na Associação Comercial e Empresrial de Guarapuava (Acig). Conforme Flávio Siquelero, há muitos furtos e roubos. “É grande a presença de pessoas que moram na rua. Também há muita abordagem nos semáforos e nas portas de agências bancárias e do comércio. São pessoas de fora de Guarapuava e o ideal seria devolvê-los de onde vieram. Mas se negam a isso e a qualquer outro tipo de ajuda”.
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