Pinhão – Moradores do bairro São Cristóvão estiveram na última segunda-feira, dia 26, na Câmara Municipal pedindo orientação aos vereadores sobre uma cobrança do asfalto. Eles foram atendidos pelo presidente da casa Denílson José Oliveira e os vereadores Dirceu de Oliveira, e Valdecir Biasebetti. O grupo liderado pelo presidente da Associação de Moradores do bairro São Cristóvão, Raul da Silva Leite está indignado com o recebimento de uma Notificação de Lançamento de Contribuição de Melhoria, que faz a cobrança do feitio de asfalto em algumas ruas do bairro.
O impasse está no fato de que, o asfalto feito em 2005, uma obra da empreiteira Dalba, foi realizado em troca de tributos para a empresa Triunfo responsável pela construção da Usina de Santa Clara.
As explicações estão expostas na ata da reunião que aconteceu em 2005 com o então secretário de obras, Leomar Panizzi e o prefeito José Vitorino Prestes. Está tudo escrito na ata, que a empresa (Triunfo) faria asfalto na Trifon Hanyscz, na rua Sete de Setembro e o restante seria dividido entre os bairros, São Cristóvão, Mazurechem e Dona Evanira. E que seria cobrado apenas uma taxa de melhoramento, disse Raul.
Os vereadores se solidarizaram com a causa e Dirceu de Oliveira disse que farão o possível para ajudar os moradores. No meu entendimento, nenhuma benfeitoria deve ser gratuita, mas também não se deve cobrar algo abusivo e assim de uma hora para outra, sem conversar antes com os moradores, disse ele.
Os vereadores orientaram os moradores a fazer um abaixo assinado. Essa é uma questão administrativa do executivo, os vereadores pouco podem fazer. Nós orientamos que eles façam um abaixo assinado que é uma maneira de protesto. E já temos informação de que moradores de outros bairros também estão indignados com a cobrança, disse.
A moradora Goreti Ramos de Auda, mora há 21 anos no bairro e não esconde a indignação. Na época, o pessoal que estava fazendo a obra, disse que não tinha nada a ver com a prefeitura e que nós não íamos precisar pagar, agora de uma hora para outra chega a cobrança, disse ela.
Os moradores reclamam que foram pegos de surpresa. Sei que esse tipo de serviço é cobrado, mas foi dito que não seria, então a gente não esperava, disse a moradora Ana Alice Camargo que deve pagar cerca de R$ 3,5 mil.
Rosi do Carmo da Luz Garcia, ajudou o presidente da associação a percorrer as ruas em busca de assinaturas. O abaixo assinado começou a circular no dia 28 e em menos de três horas já haviam sido coletadas 32 assinaturas. Os moradores não estão se negando a pagar uma dívida, mas sim uma coisa que foi prometida que não seria cobrada, disse ela
Foto: Ana Alice Camargo assinou o abaixo assinado. Num comício que teve aqui, o vice-prefeito fez todo mundo sapatear no asfalto, para ver que era de graça e com qualidade, porque não levantava pó. Realmente foi uma melhoria, mas que não falassem uma coisa para depois fazer outra, disse ela.
Fonte:Fatos do Iguaçu