Moro corre na frente, mas pode tropeçar em Ratinho Jr

A corrida pelo Palácio Iguaçu trouxe novos números nesta segunda (26), com Sergio Moro (União Brasil) na dianteira. Ele continua impulsionado como um nome ainda fortemente associado à Operação Lava Jato. Um ativo que, apesar de controverso em parte do eleitorado, segue sendo uma marca de capital político junto a segmentos relevantes da população paranaense. Com 43,9% das intenções de voto no cenário estimulado, Moro aparece isolado na liderança, segundo levantamento divulgado hoje (26) pelo Instituto Paraná Pesquisas.

No entanto, o cenário ainda está longe de cristalizado. A disputa pelo segundo lugar está embolada entre  Alexandre Curi (PSD), e Rafael Greca (PSD), e Requião Filho (PDT). Todos tecnicamente empatados, conforme a pesquisa. Mas é no entorno político do atual governador, Ratinho Junior (PSD), que repousa um dos fatores mais decisivos para o desenrolar da eleição. A alta aprovação popular do governador, hoje em 80,5%, pode funcionar como um divisor de águas quando a campanha ganhar corpo.

CURI, O MAIS VIÁVEL

Nesse contexto, Alexandre Curi desponta como o nome mais viável dentro do grupo governista para enfrentar Moro. Deputado estadual e aliado próximo de Ratinho, Curi aparece com 17,9% das intenções de voto. Ou seja: um desempenho que, embora ainda modesto diante da liderança apresentada de Moro, ganha relevância por estar colado nos principais adversários na disputa por uma vaga no eventual segundo turno.

Assim sendo, o peso político de Ratinho Junior, mesmo inelegível para um novo mandato, tende a ser decisivo na transferência de votos. Caso o apoio dele se consolide em torno de Curi, o que é provável, o cenário pode mudar significativamente. Ainda mais se levarmos em conta que o nome de Sergio Moro ganha tração quase exclusivamente no cenário estimulado, aparecendo com apenas 1,6% na pesquisa espontânea. Um sinal de que a vantagem dele pode não ser tão sólida quando a disputa for às ruas e a visibilidade dos concorrentes aumentar.

DUELO

A eleição no Paraná será, portanto, um duelo entre um nome nacionalmente conhecido e carregado de simbolismo político, ainda que polarizador, e a força de uma gestão estadual bem avaliada. Com esse cenário fica claro que Rtinho Junior buscará projetar um sucessor capaz de manter a hegemonia do grupo no comando do estado.

Portanto, o jogo está lançado. Moro parte em vantagem, mas o peso de Ratinho Junior e a articulação da base aliada, especialmente em torno de Alexandre Curi, têm o potencial de redesenhar o mapa eleitoral conforme 2026 se aproxima.

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