O senador Sergio Moro prestou depoimento na tarde desta quinta (7) no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná. Com expressão séria, que é uma característica dele, o ex-juiz respondeu as perguntas do juiz e do Ministério Público. Negou as acusações de abuso do poder econômico na campanha eleitoral, pivô dos processos da federação PT/PV/PCdoB e do PL do Paraná, e que podem levar ao impedimento do mandato.
Entretanto, Moro ignorou as perguntas feitas pelos advogados dos dois partidos. Ele disse que se sentiu agredido e que está sendo alvo de perseguição. “Não me senti confortável em participar desse teatro. São ações levianas e os fatos não foram demonstrados”.
Já em nota o advogado Luiz Eduardo Peccinin, disse que “o silêncio do senador é medo” e que Moro “sabia que não teria como explicar os crimes que cometeu”.
Tudo começou em junho, quando a Justiça Eleitoral analisou as duas ações de investigação contra Moro. Para o PL, houve “desequilíbrio eleitoral”. Isso porque, o ex-juiz lançou pré-candidatura à presidência da República pelo ‘Podemos’ chamando a atenção para si. Nesse período ele teria se utilizado do fundo eleitoral do Partido para essa exposição.
Depois, migrou para o União Brasil, onde saiu candidato ao Senado. Além disso, os gastos da campanha de Moro também são questionados. E a prestação de contas do senador apresenta descumprimento do prazo para entrega de relatórios.
A federação liderada pelo PT também sustenta que há indícios da utilização de recursos do Fundo Partidário e do Fundo Eleitoral, além de “movimentações financeiras suspeitas”. Por fim, advogados apostam que a cassação do mandato de Moro se torna iminente.
*Veja vídeo da coletiva de imprensa logos após o depoimento de Moro, que durou 45 minutos. (Vídeo cedido pelo Revérbero (parceiro do Portal RSN)
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