Da Redação, com Agência Brasil
Curitiba – O juiz federal Sérgio Moro decidiu nessa terça (22) mandar soltar o ex-deputado Cândido Vaccarezza, que foi preso temporariamente na última sexta feira (18) , no âmbito da Operação Lava Jato. Ele terá que pagar fiança de R$ 1,5 milhão, em dez dias.
Moro também determinou cautelarmente a proibição de deixar o país, de mudar de endereço, de fazer contatos com os demais investigados e de exercer cargo ou função pública.
A defesa de Vaccarezza alegou que ele tinha agendado uma biópsia de próstata diante da constatação de uma alteração na glândula. Por esse motivo, Moro considerou mais adequado impor medidas cautelares alternativas em vez de decretar a prisão preventiva de Vaccarezza. A conversão da prisão temporária em preventiva, que não tem prazo definido, havia sido solicitada pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público Federal (MPF).
PROPINA
A investigação da PF e do MPF apontaram que Vaccarezza recebeu cerca de US$ 430 mil em propina para cada contrato celebrado entre a Petrobras e a Sargeant Marine, entre 2010 e 2013. Em sua decisão, Moro diz que há provas de que Vaccarezza cometeu crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, além de associação criminosa.
Há ainda suspeita de que ele estaria envolvido em outros crimes contra a administração pública, “aparentemente tendo posto seu mandato eletivo à venda para intermediar contratos com a Petrobras ou com outras entidades da Administração Pública direta ou indireta”.
O ex-gerente da Petrobras, Márcio Albuquerque Aché Cordeiro, que também foi detido na sexta feira, também foi liberado, sob fiança de R$ 371 mil.