Morreu em Lisboa, aos 85 anos, a escritora e acadêmica Nélida Piñon. Ocupante da Cadeira 30 da Academia Brasileira de Letras (ABL), ela foi a primeira mulher a presidir a entidade em 100 anos.
Nélida Piñon nasceu no Rio de Janeiro em 1937 e se formou em Jornalismo, pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Segundo o site da ABL, ela foi a primeira mulher no mundo a presidir uma academia de letras.
Com mais de 20 livros publicados, teve as obras foram traduzidas em mais de 30 países. Entre eles, romances, contos, ensaios, discursos, crônicas e memórias. Além disso, foi vencedora de dezenas de prêmios, nacionais e internacionais, colaborou em diversos jornais e revistas literárias e foi correspondente no Brasil da revista “Mundo Nuevo”, de Paris.
De acordo com as informações, a publicação do primeiro romance ocorreu em 1961, “Guia-mapa de Gabriel Arcanjo”. Em 1972, lançou “A Casa da Paixão”, considerado um dos melhores e mais conhecidos romances, vencedor do Prêmio Mário de Andrade.
PREMIADA NO BRASIL E NO MUNDO
Entre os prêmios, estão o Prêmio Internacional Juan Rulfo de Literatura Latino-Americana e do Caribe, em 1995 (primeira vez dado a uma mulher e para um autor de língua portuguesa). Além disso,o Bienal Nestlé, categoria romance, pelo conjunto da obra, em 1991, e o da APCA e o Prêmio Ficção Pen Clube, ambos em 1985, pelo romance “A República dos Sonhos”.
Ainda conforme as informações, Nélida foi titular da Cátedra Henry King Stanford em Humanidades, da Universidade de Miami, no período de 1990 a 2003 (ocupada anteriormente por Isaac Baschevis Singer, prêmio Nobel de Literatura de 1978).
Por fim, em 1998, foi primeira mulher a receber o Doutor Honoris Causa da Universidade de Santiago de Compostela, na Espanha, 1998.
(*Com informações do G1)
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