O ex-ministro da Cultura, Sergio Paulo Rouanet morreu neste domingo (3) no Rio de Janeiro, aos 88 anos. Ele é o autor da Lei de Incentivo à Cultura e, juntamente com a esposa, a filósofa Barbara Freitag, fundou o Instituto Rouanet.
O instituto comunicou a morte por meio de uma nota: “É com muito pesar e muita tristeza que informamos o falecimento do embaixador e intelectual Sergio Paulo Rouanet, na manhã do dia 3 de julho. Rouanet batalhava contra o Parkinson’s. Mas se dedicou até o fim da vida à defesa da cultura, da liberdade de expressão, da razão, e dos direitos humanos. O instituto carregará e ampliará seu grande legado para futuras gerações”.
Desse modo, o diplomata será lembrado pela Lei Rouanet, como ficou conhecida. A medida permite que pessoas físicas e jurídicas destinem parte dos recursos que iriam para o pagamento do Imposto de Renda ao financiamento de obras artísticas.
BIOGRAFIA
Sergio Rouanet ocupava, há cerca de 30 anos, a Cadeira 13 da Academia Brasileira de Letras (ABL). Na avaliação do ex-presidente da ABL, o professor e poeta Marco Lucchesi, Rouanet está entre os grandes pensadores do Brasil.
“Era um homem de fato de múltiplos talentos. Um grande filósofo, um grande ensaísta, atento às questões da cultura, da política, da poética, atento ao diálogo entre os povos. Podia voar tranquilamente de Kant a Zeca Pagodinho, por exemplo, de cujas músicas gostava”.
Conforme as informações, o acadêmico nasceu no Rio de Janeiro, em 23 de fevereiro de 1934, Rouanet foi eleito para a ABL em 23 de abril de 1992, na sucessão de Francisco de Assis Barbosa.
Por fim, ainda não há informações sobre velório. O acadêmico deixa a esposa e três filhos, Marcelo, Luiz Paulo e Adriana.
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