Dalton Trevisan, um dos maiores escritores da história do Paraná e um dos maiores contistas brasileiros, morreu aos 99 anos, nessa segunda (9). Dalton Trevisan foi premiado quatro vezes com o Prêmio Jabuti (1960, 1965, 1995 e 2011) e também ganhou o Troféu APCA, o Prêmio Camões e o Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras.
Entre os romances estão “A Polaquinha”, “O Vampiro de Curitiba”, “Novelas Nada Exemplares”, “Cemitério de Elefantes”, entre outros clássicos. Ele também fundou a revista Joaquim. O governador Ratinho Junior lamentou a morte do escritor. “Curitiba perdeu um de seus maiores escritores, Dalton Trevisan, que nos deixou aos 99 anos. Dalton cravou uma marca importante na literatura paranaense e brasileira, escreveu dezenas de livros e criou personagens icônicos”.
A Secretaria de Cultura do Paraná publicou uma nota. “Mestre do conto, desvendou como poucos as complexidades humanas e as angústias cotidianas da vida urbana. Dalton retratou com crueza a solidão, os dilemas morais e as contradições da classe média, com um olhar atento para os excluídos e marginalizados. O Vampiro de Curitiba criou uma obra enraizada na capital paranaense, elevando suas ruas e seus bairros a verdadeiros personagens. Sua reclusão pública contrastava com a vivacidade de sua escrita, que permanece como um marco da literatura brasileira contemporânea. Dalton deixa um legado de rigor literário, criatividade e uma visão aguda e implacável sobre o ser humano”.
Dalton nasceu em Curitiba em 14 de junho de 1925 e no ano que vem completaria 100 anos. Ele foi casado com Yole Bonato, que morreu em 1998, e teve duas filhas. Além de escritor, ele se formou em Direito na Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Leia outras notícias no Portal RSN.