22/08/2023
Comunidade Guarapuava

Morre em Guarapuava aos 89 anos, a benzedeira Dona Rosinha

"Eu rezo, mas quem cura é Deus". Dona Rosinha era especializada em atender crianças com anemia e não negava orações a quem precisasse

DONA ROSINHA

Conforme a neta, Dona Rosinha morreu aos 89 anos (Foto: Arquivo Pessoal)

A tradição das benzedeiras é forte no Brasil. Muito comuns em Regiões remotas onde a medicina não chegava e os remédios eram de difícil acesso, essas mulheres de fé ajudavam a comunidade com orações e chás, as chamadas ‘garrafadas’. Esse costume se perpetuou e se mantém vivo até os dias de hoje, inclusive em Guarapuava.

Rosa Cordeiro dos Santos, conhecida por todos como ‘Dona Rosinha’ era uma dessas benzedeiras. Porém nesta sexta (7), ela morreu aos 89 anos no Hospital São Vicente de Paulo. Nascida em 1932, a matriarca de 16 filhos, 17 netos, 10 bisnetos e um tataraneto veio morar no município na década de 1990.

Natural de Palmital, ela era especializada em atender crianças com anemia. Sempre falava “eu rezo, mas quem cura é Deus”. Em Guarapuava Dona Rosinha morou por 10 anos no bairro Bonsucesso. No entanto atualmente residia no Jardim Moriá.

A benzedeira também fazia garrafadas para mulheres no período de dieta e não negava orações a quem necessitasse. A neta Joslaine Maria de Castro Coutinho conta que a família a chamava carinhosamente de “nossa Florzinha”.

Ela era muito carinhosa. Sempre disposta a ajudar, gostava muito de ir a igreja e de rezar o terço. Lia bastante, principalmente a Bíblia. Mas desde março de 2020 ela começou a ficar debilitada e durante o ano passado passou praticamente acamada.

De acordo com Joslaine, a avó tinha um câncer no útero e problemas cardíacos causados pela idade avançada. No entanto em 2020, por conta de uma queda dentro de casa, Dona Rosinha parou de caminhar. Depois disso ficou cada vez mais debilitada até que aos poucos passava a maior parte do tempo na cama. “Por último ela não estava conseguindo nem se alimentar”.

Todos que entravam em sua casa, não saíam sem tomar um cafezinho. Ela adorava agradar a gente com comida.

Conforme a Central de Triagem, o velório de Dona Rosinha ocorre na Capela Mortuária Pax Cristo Rei. O sepultamento será às 17h no Cemitério Municipal Santo Antônio, que fica no bairro Morro Alto.

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Antunes

Jornalista

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