22/08/2023
Saúde

Mortalidade infantil cai para 15,5 por mil nos municípios da 5ª Regional de Saúde

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Pela primeira vez, nos últimos anos, a 5ª Regional de Saúde atingiu um índice inferior a  15,5  o mortes por mil bebês nascidos vivos contra 18 bebês por mil até o começo de 2012.  Os dados são referentes ao período entre janeiro e agosto de 2013 em toda a região.

Os resultados positivos foram conquistados em pouco mais de um ano e meio com o comprometimento do Comitê Regional de Mortalidade Infantil, composto por enfermeiros, agentes comunitários de saúde, técnicos em enfermagem das secretarias municipais de Saúde, técnicos da Vigilância Epidemiológica.  “Esse comitê investiga os óbitos e consegue apontar aos secretários municipais de saúde  da região  onde estão as falhas e quais são soluções para que isso seja evitado”, entende o chefe da 5ª Regional de Saúde, Vinicius Traiano. Segundo ele, o Comitê está funcionando desde que foi implantado e os  resultados positivos já começam a surgir.  Os principais cuidados são direcionados às gestantes de alto risco. De acordo com Traiano, em Guarapuava há uma atenção especial dispensada a esse grupo por parte do secretário Stefan Wolanski Negrão. “Ele liga pessoalmente a esse grupo para saber se todas estão tomando os cuidados cabíveis”.  De cerca de dois mil partos realizados por ano em Guarapuava, cerca de 10% são de alto risco.

A queda no índice de mortalidade infantil verificada na região também possui investimentos do Governo do Estado que dispensa mensalmente R$ 33 mil ao Cisgap (Consórcio Intermunicipal de Saúde de Guarapuava) para atendimento especializado às gestantes em redes de atenção. “O maior foco é a rede de atenção à obstetrícia para que todas as gestantes de alto risco tenham atendimento especializado em maternidades”.

De acordo com Traiano,  há um acordo com o Município para que  seja disponibilizado um ambulatório para a gestação de alto risco na Clínica da Mulher com atendimento voltado para Guarapuava, Pinhão  e Turvo.

A implantação do HospSus que volta as atenções para a qualificação de profissionais que atuam em hospitais públicos, filantrópicos e privados, também contribui para a queda do índice. “A partir de um maior conhecimento por parte de agentes de saúde o atendimento se torna mais qualificado”.  Soma-se a essa rede a reforma executada no Hospital São Vicente de Paulo.

 

Foto/Vinicius Traiano, chefe da 5ª Regional de Saúde

Cristina Esteche

Jornalista

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