*Reportagem atualizada às 17h desta segunda (18) para a inclusão de informações
A morte violenta de mais uma mulher neste fim de semana em Guarapuava está envolvida em mistério e contradições. Isso porque há informações controversas entre as polícias Militar e Civil, e o Samu sobre o atendimento à vítima. De acordo com Keila, filha de Silvana Ferreira da Silva de 37 anos, a mãe sofreu ferimentos de faca quando estava na Arena Tancredão, no bairro Boqueirão.
Conforme a filha, por volta das 19h ‘Silvaninha’, como era conhecida, se envolveu em uma briga com duas mulheres e um homem. Isso ocorreu na sexta (15). “Minha mãe teve as partes íntimas cortadas. É revoltante. Ela sofreu muito antes de morrer. Eu quero justiça pelo que fizeram com minha mãe. Isso foi covardia. Ela não fazia mal pra ninguém”.
Entretanto, o que chama a atenção é que esse caso não consta nos boletins de ocorrência da PM. Conforme a assessoria de imprensa do 16º BPM, a equipe não recebeu chamada, mas disse ao Portal RSN que o Samu fez o atendimento. Todavia, em contato com o Samu, a coordenação informou que “não teve nenhuma demanda sobre esse caso”.
A Polícia Civil informou que a PM foi acionada e viu que a mulher estava gravemente ferida. Conforme comentário de uma pessoa em redes sociais, ela [a mulher] a encontrou caída e chamou o Samu. Já o Corpo de Bombeiros esclareceu que Silvana foi atendida e apresentava ferimentos moderados decorrentes de uma queda.
Pelo relato da equipe a vítima estava muito confusa e não sabia explicar o que tinha acarretado a hemorragia.
SEM B.O.
No entanto, segundo a Polícia Civil (PC), a PM foi acionada, esteve no local, mas não fez boletim de ocorrência. Além disso, a PC informou que o Samu levou a mulher ao Hospital São Vicente. Lá ficou constatado que a mulher sofreu cortes graves na área genital, e tinha lesões sexuais. “Essas informações estão no Boletim de Ocorrência feito por familiares após a morte da vítima. Precisava do B.O para a liberação do corpo pelo IML”.
Ainda de acordo com a PC, Silvana era usuária de drogas e costumava perambular pela cidade em companhia de um homem. A polícia disse que investiga o caso e que já possui informações sobre a autoria do crime.
Por fim, em contato com o Samu o Portal RSN recebeu a informação de que o atendimento da vítima não ocorreu no Hospital de Caridade São Vicente de Paulo. Já o Instituto Virmond (Hospital Santa Tereza) não disponibiliza informações sobre os pacientes, a não ser aos familiares.
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