22/08/2023
Segurança

Morte de Tiago completa 11 anos sem elucidação

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Cristina Esteche

A família do jovem Tiago Esteche Rocha, morto em 21 de abril de 2004, aos 22 anos de idade, continua buscando a autoria do crime. O jovem sumiu após ter saído de uma festa numa danceteria de Guarapuava. O corpo foi encontrado emroscado num despenhadeiro na Serra do Cadeado, às margens da PR 170, rodovia que dá acesso ao distrito de Entre Rios. Tiago foi morto com um tiro nas costas. De lá para cá, a família não se cansa de ir à polícia em busca de informações sobre o inquérito. “Não podemos deixar esse caso quieto. Quero saber quem matou o meu filho e porque”, diz Mariluz Esteche Rocha, mãe da vítima.

“Logo após que  ele morreu não paramos de ligar no celular dele, cujo aparelho desapareceu, para ver se alguém atendia. Numa dessas vezes em que minha mãe ligou uma pessoa atendeu”, relembra Mariluz. “Procurei a polícia e contei que o celular estava ativado e que talvez estivesse com o assassino do meu filho”, relata.

Após diversas investigações, as investigadoras então responsáveis pelo inquérito policial, conseguiram localizar a pessoa que estava usando o “chip” do aparelho celular de Tiago. Posteriormente, identificaram a pessoa que vendeu o aparelho, chegando assim, até um dos suspeitos pela co-responsabilidade do crime.

As investigações prosseguiram e mais um dos principais suspeitos foi localizado. Segundo Mariluz, esses fatos aconteceram há cerca de cinco anos. Investigadores chegaram a ir a Curitiba, conversaram com familiares e com o próprio suspeito. O depoimento da sua sogra deixou uma brecha e aumentou ainda mais a suspeita. O ex-taxista não reside mais em Guarapuava. Tiago costumava contrata taxi por mês para levá-lo para casa.

Durante os 11 anos que já se passaram da execução do jovem, o processo “patrocina” idas e vindas entre o Ministério Público e a Delegacia de Polícia de Guarapuava.

Thiago era homossexual e chegou-se a especular a possibilidade de assassinatos em série provocados por homofobia. Hipótese que foi descartada pela polícia.

Meses antes o jovem David Kulak foi morto e teve o corpo esquartejado. Os pedaços foram encontrados no Rio Pinhãozinho. Ele também era homossexual. O crime, sem elucidação, foi arquivado.

 

Cristina Esteche

Jornalista

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